Premiado recentemente como DJ do Ano, ele revela ainda quais são as cinco músicas que fazem sua pista ferver
Lupa é o nome por trás da balada Festa dos Anos 80
DA REDAÇÃO – Capitaneando uma das festas mais badaladas entre a comunidade brasileira no sul da Flórida, Luis Paulo Souza, o DJ Lupa, entende de agito como ninguém. Sua balada, a Festa dos Anos 80, já virou sinônimo de pista animada, levando ao público o melhor da produção daquela década em gêneros como rock e pop.
O sucesso da festa vem garantindo boa projeção ao disc jockey: recentemente, Lupa foi premiado como DJ do Ano no Press Awards 2015. Na entrevista abaixo, Lupa conta ao AcheiUSA detalhes de sua trajetória e da atividade no comando das turntables.
AcheiUSA: Primeiramente, por que o nome DJ Lupa?
DJ Lupa: Eu me dei este apelido quando ainda era criança… São as primeiras duas letras dos meus primeiros nomes.
AU – Qual sua relação com os anos 1980?
DJL – Foi quando comecei a tocar como DJ! O início da minha carreira. E, para mim, foi a melhor década para a música até hoje. As canções tinham letras e melodias ricas, eram alegres, envolventes, harmoniosas, marcantes.
AU – O que o levou para esse lado da atividade musical, o da discotecagem?
DJL – Tive uma infância muito feliz na quadra 102 Sul, em Brasília, e nossa turma brincava muito e praticava bastante esporte, mas adorava festas também. E foi nas festas no apartamento dos irmãos Nanda, Neném e Betão que começei a tomar gosto pela discotecagem. Eu via o Betão trocando as músicas durante as festas, deixando a galera doida na pista de dança, e eu ficava fascinado com aquilo. Depois minha familia mudou para uma casa no Lago Norte e meu vizinho, Alexandre Medeiros, era DJ. E eu ficava “perturbando” ele (risos). Foi meu grande mestre e mentor! Eu ficava assistindo a ele tocando, fazendo aquelas mixagens perfeitas, e pensava: “É isso que eu quero ser quando crescer!”. Com 13 anos, minha mãe me ajudou a comprar meu primeiro equipamento: um receiver, um toca-discos e um tape-deck! Ou seja, na verdade a “culpa” toda é dela! (risos)
AU – Já tocou com vinil? Que ferramentas usa para tocar: CDs, MP3, Serato?
DJL – Comecei mixando vinil e fita cassete, acredite se quiser. Passei muitos anos tocando com vinil e tenho minha coleção guardada até hoje. Depois acompanhei o processo natural e passei a usar o computador. De uns anos pra cá, voltei a tocar com CDs e pen drives com MP3. É mais simples, puro e prático! A não ser quando estou tocando com vídeos, como na Festa dos Anos 80, que daí uso o computador, já que é praticamente inevitável.
AU – Quais os melhores clubs e festas, além da sua obviamente, na noite de Miami?
DJL – Sem sombra de dúvida, a LIV e a Story. Além de modernas e espaçosas, o som é excelente! Os melhores DJs do mundo se apresentam nelas. Adoro também as pool parties dos hotéis em South Beach. Sinceramente, prefiro mais as festas durante o dia.
AU – O que acha da popularização da cultura do DJ? É ruim que hoje em dia todo mundo seja DJ?
DJL – Como em qualquer profissão, q DJL – uanto mais gente desqualificada atuando, pior. E com os avanços tecnológicos, fica difícil saber realmente quem é bom e quem não é, porque os equipamentos fazem praticamente tudo por você hoje em dia. E é exatamente por isso também que voltei a tocar com CDs.
AU – Quem são os três maiores DJs do mundo na sua opinião?
DJL – Armin Van Buuren, Kaskade e Paul Van Dyk.
AU – Por fim, quais são as cinco músicas que sempre que você toca são garantia de pista cheia?
DJL – “Billie Jean” `de Michael Jackson`, “I Will Survive” `Gloria Gaynor`, “Celebration” `Kool & The Gang`, “Footloose” `Kenny Loggins`, “Girls Just Wanna Have Fun” `Cindy Lauper`. Tem também “I Gotta Feeling” `Black Eyed Peas`, que se tornou um “case” muito interessante. Das músicas mais atuais, cito “Happy” `Pharrel Williams` ou qualquer uma do Calvin Harris ou David Guetta. Das nacionais, “Tempo Perdido” ou “Será” `Legião Urbana`, “Meu Erro” `Paralamas do Sucesso`, “País Tropical” `Jorge Ben Jor`, entre várias outras! Quantas você pediu mesmo? (risos)