O distrito escolar de Cassville R-IV, no sudoeste do Missouri, aprovou uma medida muito usada no século passado para resolver problemas disciplinares dos alunos: A punição corporal. No início de agosto, o Conselho escolar se reuniu e decidiu que os diretores, na presença de uma testemunha, podem dar palmadas como “último recurso para o mau comportamento das crianças”.
O método havia sido abandonado pelo distrito de Cassville R-IV em 2001. Mas de acordo com o superintendente de ensino, Merlyn Johnson, os próprios pais enviaram várias mensagens alegando que sentiam faltado castigo. “As reclamações que ouvimos é que eles não querem que suas crianças sejam suspensas. Eles preferem outra opção”, disse.
Antes de submeter suas crianças, as famílias foram notificadas sobre o restabelecimento da regra e informaram em um formulário se autorizam ou não as bofetadas. Jhonson não revelou quantos pais autorizaram, mas afirmou que foi a maioria.
A regra prevê o uso de palmatória e força “razoável” empregada pelos diretores aos desferir as palmadas. Os alunos menores recebem dois ou três golpes, e os maiores três ou quatro. Não pode pode deixar lesões nem atingir o rosto do estudantes. Estima-se que cerca de 1,9 mil alunos frequentam o Distrito Escolar de Cassville.
A punição corporal para “garantir o bom comportamento nas escolas” foi comum nos EUA durante o século XIX e início do século XX. Mas a modalidade desapareceu nas últimas décadas. Em 1977, a Suprema Corte decidiu que o famoso ‘dar a mão a palmatória’ era constitucional e que cabia aos estados o direito de legislar sobre o assunto. Desde então, muitos proibiram a prática, mas ao menos 19, incluindo a Flórida, ainda permitem a medida.