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Distrito escolar da Flórida é processado pela maior editora dos EUA por proibição de livros

A ação legal ocorre em meio a uma pressão do governador republicano Ron DeSantis sobre banir de escolas e bibliotecas públicas livros considerados inapropriados para crianças

A Penguin Random House, maior editora de livros dos EUA, entrou com uma ação na quarta-feira (17) contra o distrito escolar do condado de Escambia, na Flórida, alegando violação do First Amendment, que garante liberdade de expressão e imprensa. O processo afirma que o distrito escolar ordenou a remoção de dez livros contra as recomendações de seus próprios especialistas. Com tópicos relacionados à raça e à comunidade LGBTQ, alguns dos livros proibidos são “Uncle Bobby’s Wedding” de Sarah Brannen, “All Boys Aren’t Blue” de George M. Johnson e “Two Boys Kissing” de David Levithan.

A ação legal ocorre em meio a uma pressão do governador republicano Ron DeSantis, que não é citado no processo, sobre banir de escolas e bibliotecas públicas livros considerados inapropriados para crianças. A Penguin Random House considera que a medida está “privando os alunos de acesso a uma ampla gama de pontos de vista”.

Além da editora, o PEN America, um grupo sem fins lucrativos que defende a liberdade de expressão na literatura, cinco autores cujos livros foram removidos do distrito e dois pais com filhos em escolas locais entraram com ação contra o Conselho Escolar do Condado de Escambia em Pensacola. “Os livros estão sendo retirados das bibliotecas ou sujeitos a acesso restrito com base em uma campanha ideológica para expulsar certas ideias das escolas”, afirma o processo. “Além disso, o conselho escolar está ordenando a remoção contra as recomendações de especialistas do distrito escolar”, alega.

As Escolas Públicas do Condado de Escambia ainda não se manifestaram publicamente sobre a ação.

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