A Walt Disney Co. anunciou que não fará doações financeiras em 2021 para os políticos Republicanos que se posicionaram contra a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 3 de novembro.
A mesma decisão foi tomada por uma lista de grandes corporações que inclui o Marriot International Inc., Citigroup, JPMorgan Chase, Blue Cross Blue Shield, AT&T Inc., Walmart., Amazon, entre outras.
Dos 16 membros da delegação parlamentar do Partido Republicano da Flórida, 12 serão afetados com o corte de verbas da Disney, incluindo o senador Rick Scott, que nesta segunda-feira (11), assumiu a liderança da divisão de arrecadação do partido Republicano no Senado.
Scott foi um dos poucos que manteve objeções à eleição de Biden mesmo depois da invasão pró-Trump ao Capitólio que terminou com cinco mortes.
“A insurreição no Capitólio de nossa nação foi um ataque direto a um dos princípios mais reverenciados de nosso país: a transição pacífica de poder”, disse um porta-voz da Disney nesta quarta-feira (13).
“Imediatamente após aquele cerco terrível, os membros do Congresso tiveram a oportunidade de se unir – uma oportunidade que alguns infelizmente se recusaram. À luz desses eventos, decidimos que não faremos contribuições políticas em 2021 aos legisladores que votaram pela rejeição da certificação dos votos do Colégio Eleitoral”, concluiu.
O Center for Responsive Politics, uma instituição sem fins lucrativos que monitora o repasse de recursos privados para entidades governamentais, relata que a Walt Disney Co. repassou mais de $19 milhões apenas no ciclo eleitoral de 2020, tanto para Democratas como Republicanos.
O então candidato à presidência Joe Biden, segundo a instituição, teria recebido $1,194,699 em seu próprio nome, enquanto Donald Trump obteve $656,652 em nome do Republican National Comitee, e outros $10,500,030 em nome do America First Action.