O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) disse na segunda-feira (4) que iria se reunir com representantes da Disney World ainda esta semana para falar sobre a possibilidade da construção de um complexo de entretenimento no Estado. O governo até chegou a ventilar a informação de que reservou uma área de 800 hectares em Sobradinho para abrigar a estrutura, mas a Disney desmentiu a afirmação.
“Embora o Brasil seja um mercado atrativo, no momento não há planos para a construção de parques na região”, informou a Disney.
Ainda assim, como forma de não fechar as portas para o futuro, a empresa afirmou que “está sempre buscando caminhos para expandir seus negócios e, como parte desse processo, conversa com diferentes entidades”, disse a empresa em resposta ao G1.
O secretário de Projetos Especiais do DF, Everardo Gueiros, também tinha declarado que não poderia dar detalhes sobre o projeto “para não atrapalhar as negociações”.
No entanto, o G1 apurou que, ao contrário do que foi divulgado pelo governador, nenhum executivo da Disney marcou na agenda alguma reunião com o GDF para discutir o assunto.
Boatos
Boatos do tipo envolvendo o parque costumam surgir periodicamente. Em 2008, apareceu na internet a informação de que a Disney seria construída em Curitiba, no Paraná. A inauguração prometida era para 2013. Já em 2010, um novo boato: de que um resort seria erguido entre São Paulo e Rio de Janeiro a tempo para a Olimpíada de 2016. Além dos Estados Unidos, atualmente a Disney tem parque em Hong Kong, Xangai, Tóquio e Paris.
A promessa de trazer o parque temático para Brasília vem da época de Juscelino Kubitschek. Dono da página Histórias de Brasília, o publicitário João Carlos Amador diz que no final dos anos 1950, Walt Disney procurava um lugar para construção do segundo parque temático.
“A convite do próprio Walt Disney, o então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, até visitou a Disneylândia, em 1961, para que ele visse de perto como funcionava o espaço e como era a estrutura, para avaliar a possibilidade de construir algo semelhante no DF”, conta Amador. O presidente JK acabou desistindo da ideia por questões burocráticas. (Com informações do G1).