Em junho deste ano, o governador Ron DeSantis aprovou uma lei intitulada Tammy Jackson, que transfere para o estado a responsabilidade de cuidar das presidiárias grávidas. A lei garante que as gestantes em trabalho de parto nas cadeias da Flórida sejam transportadas para um hospital e recebam cuidados médicos.
Mas no final do mês passado, uma mulher foi forçada a dar à luz na cela da cadeia de North Broward Bureau, em Pompano Beach.
O caso chegou ao conhecimento da Defensoria Pública do Condado, que enviou uma carta na quarta-feira (14) para o xerife de Broward, Gregory Tony, exigindo respostas.
Tony agiu anunciando nesta quinta-feira (15) as demissões dos dois dirigentes do departamento de detenção do presídio, coronel Gary Palmer e tenente-coronel, Angela Neely.
“Fiz uma revisão do assunto e determinei que as falhas de nível de comando ocorreram pelo coronel Palmer e pelo tenente-coronel Neely neste caso”, disse Tony em um comunicado divulgado à imprensa na noite desta quinta-feira.
“Eles falharam grosseiramente com esta agência e com a gestante”, diz o comunicado.
Tony também informou que uma investigação de corregedoria foi iniciada para “determinar as ações dos agentes penitenciários, bem como da equipe médica da Wellpath, provedora de serviços de saúde para as prisões, durante o incidente”.
A carta da Defensoria Pública dá conta de que “era final de setembro quando a presidiária Stephanie Bretas, 28, começou a ter contrações e chorar por causa das dores do parto. O documento, obtido pela Local10News TV, afirma que Bretas foi ignorada e acabou tendo seu bebê na cela.
A lei estadual, Tammy Jackson, leva o nome de uma outra mulher que estava em uma cela de isolamento no presídio de Broward quando entrou em trabalho de parto em abril de 2019, dando à luz sua filha sozinha.