A diferença entre Hillary Clinton e Donald Trump ultrapassou a casa de dois milhões de votos populares a mais para a Democrata, informou nesta quinta-feira (24) o USA Today. É um recorde histórico entre os candidatos que ganharam no voto popular mas perderam no Colégio Eleitoral.
A margem tende a aumentar ainda mais, na medida que são apurados os últimos votos na Califórnia e outras áreas da Costa Oeste, onde Hillary ganhou com folga. A diferença passou dos dois milhões durante a manhã de quarta-feira (23), segundo Dave Wasserman, do Cook Political Report. Na tarde de quarta, Hillary contabilizava 64.225.863 votos, contra 62.210.610 para Trump. A maior vantagem está da Califórnia, onde Hillary teve 3,7 milhões de votos a mais que Trump.
A mesma coisa aconteceu em 2000, quando Al Gore venceu no voto popular mas perdeu para George W. Bush no Colégio Eleitoral por causa de uma diferença de 537 votos a mais para Bush no estado da Flórida.
Alguns Democratas começaram um movimento pela abolição do Colégio Eleitoral por conta dessas duas derrotas. Mas as chances não são boas. A Constituição regula o Colégio Eleitoral e os estados menores – especialmente aqueles indefinidos ideologicamente – provavelmente bloqueariam uma proposta de mudança.
Trump, que já foi crítico do sistema, agora diz que a eleição pelo voto popular obrigaria os candidatos a fazer campanhas apenas nos maiores estados, como Califórnia, Texas, Flórida e New York.
“Acho que o voto popular seria mais prático no sentido de que seria necessário ir a menos lugares para ganhar”, disse Trump ao The New York Times. “Acho que isso que é genial no Colégio Eleitoral. Não era fã até hoje.”