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Desinformação sobre votação de não cidadãos nos EUA pode afetar eleições

Narrativa de votação por indocumentados pode remover registros de cidadãos legítimos e impactar a confiança no sistema democrático.

Nos últimos dias da corrida para as eleições de 2024, os republicanos estão reforçando a narrativa de que há uma ampla votação por não cidadãos. Durante o debate presidencial de setembro, Donald Trump afirmou: “Muitos desses imigrantes indocumentados estão tentando votar. Eles nem falam inglês. Eles nem sabem em que país estão, praticamente. E essas pessoas estão tentando votar.” Essa afirmação se insere em um contexto mais amplo, onde líderes republicanos têm levantado preocupações sobre a influência de eleitores não cidadãos em várias eleições.

Estudos, como o da America’s Voice, apontam para um aumento na divulgação dessa narrativa durante o ciclo eleitoral atual, com autoridades sugerindo que eleitores com informações “faltantes” ou sobrenomes que soam hispânicos deveriam ser tratados como “suspeitos”. No entanto, a votação por não cidadãos é extremamente rara, e um relatório da Bipartisan Policy Center conclui que “não há evidências de que a votação de não cidadãos tenha sido significativa o suficiente para impactar o resultado de uma eleição”.

A retórica sobre a suposta votação de indocumentados tem levantado preocupações sobre a inclusão de eleitores. Há relatos de que essa narrativa está sendo usada para justificar a remoção de registros de eleitores em vários estados, o que pode afetar cidadãos legítimos. Fontes como NBC News e CNN mostram que, apesar de as alegações de Trump não terem fundamento, elas ainda podem influenciar o comportamento dos eleitores e a confiança do público no sistema democrático.

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