O dólar comercial pode cair ao menor valor desde meados do ano passado, ou bater novos recordes, dependendo do desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo pesquisa da agência de notícias Reuters que ilustra a incerteza sobre a crise política. A pesquisa com 20 economistas e estrategistas em bancos e consultorias mostrou que as projeções para a taxa de câmbio no final deste ano podem variar brutalmente, de R$ 2,50 a R$ 5,00, dependendo da permanência ou não de Dilma na Presidência.
Analistas afirmam que aumentaram as chances de que a presidente Dilma seja removida do cargo pelo Congresso nos próximos meses. Caso esse cenário se confirme, a maioria das projeções para a taxa de câmbio ao final do ano variou entre R$ 3,20 e R$ 4,20, com a mediana a R$ 3,50, cotação mais baixa desde agosto. Um economista projetou o câmbio a R$ 2,50.
Se a presidente permanecer no cargo neste ano, a taxa de câmbio poderia chegar a R$ 4,25, segundo a mediana das projeções. A maioria das estimativas nesse caso ficou entre R$ 4,00 e R$ 4,50, mas três previram uma taxa muito perto ou exatamente em R$ 5,00. A maior cotação do dólar, para fechamento, foi de R$ 4,1655 no dia 21 de janeiro deste ano.
Cerca de dois terços dos economistas participantes da pesquisa (13, de 20 especialistas) creem que Dilma deixará a Presidência neste ano, e o restante acredita que ela permanecerá no Palácio do Planalto.