O governador Ron DeSantis assinou nesta terça-feira (28), a ordem-executiva 21-223 que, segundo ele, irá “proteger os cidadãos da Flórida dos impactos da crise imigratória criada pelo presidente Biden”.
Durante visita ao Lee County Sheriff’s Office, em Fort Myers, FL, DeSantis e a procuradora-geral Ashley Moody afirmaram que estão processando Biden por “incompetência” ao não evitar a entrada ilegal de imigrantes pelo México. Eles acusam o governo federal de afrouxar as medidas de segurança nas fronteiras e conceder asilos políticos “ilegítimos”.
“Desde que o presidente Biden assumiu o cargo -há menos de um ano- a Patrulha da Fronteira liberou quase 250 mil estrangeiros irregulares nos EUA”, disse DeSantis, acrescentando que “os estados é que acabam sendo afetados”.
A nova ordem executiva começa a valer imediatamente e entre seus principais pontos estão:
- Proibição às agências estaduais de facilitar a permanência de imigrantes ilegais no estado.
- Instruir o Florida Department of Children and Families em não renovar licenças para funcionamento de abrigos de crianças estrangeiras trazidas para o estado irregularmente.
- Solicitar ao FDLE (Florida Department of Law Enforcement) auditorias regulares em empresas da Flórida para verificar se estão empregando ou fazendo negócios com indivíduos indocumentados.
Citando uma preocupação com o aumento na criminalidade, o republicanos falou que irá exigir o fornecimento de dados dos imigrantes sem documentos que são reassentados no estado, e o montante gasto em saúde e serviços sociais com esse grupo de pessoas.
Ao ser questionado por um jornalista sobre como ele pode provar que o atual “fluxo” de criminalidade é resultado da imigração, DeSantis respondeu que foi “absolutamente por causa da mudança de política feita por Biden”.
Ele também encorajou o Departamento de Polícia e a Patrulha Rodoviária da Flórida a deter ônibus e outros veículos suspeitos de traficar pessoas ou drogas, e nomeou Larry Keefe, o ex-procurador para o Distrito Norte como o cabeça da segurança pública estadual, dando-lhe poder de garantir que as ações dirigidas pela ordem executiva sejam cumpridas.
A Casa Branca ainda não se manifestou sobre o assunto.