Após semanas de atritos entre o governador da Flórida, Ron DeSantis, e os líderes republicanos da Assembleia Legislativa do estado, um acordo foi finalmente alcançado. O presidente da Câmara, Daniel Perez, e o presidente do Senado, Ben Albritton, anunciaram que convocaram uma nova sessão especial para começar nesta terça-feira (11). O objetivo é tentar aprovar novas medidas que reforcem a cooperação entre os governos estadual e local com a fiscalização federal de imigração.
DeSantis, que anteriormente acusara Albritton e Perez de sabotar sua iniciativa de endurecer as leis de imigração, afirmou em nota que “temos a responsabilidade de adotar políticas que ajudem a encerrar a crise da imigração irregular de uma vez por todas”. O governador criticou a versão da legislação passada pela Assembleia Legislativa, que movia grande parte da autoridade de fiscalização de imigração para o comissário de Agricultura republicano Wilton Simpson.
O acordo prevê a criação de um Conselho Estadual de Fiscalização de Imigração, composto por DeSantis e outros três oficiais do gabinete estadual. O conselho coordenará com o governo federal as políticas de fiscalização de imigração no estado. A nova legislação também propõe o aumento das penas para imigrantes ilegais que cometam crimes, além de exigir sentenças obrigatórias para membros de gangues ilegais e detenção preventiva para imigrantes ilegais acusados de crimes violentos.
Além disso, o projeto de lei prevê mais de US$ 200 milhões em subsídios para as forças de segurança locais, com bônus para oficiais que participem de operações com o ICE (Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira). O acordo, no entanto, não inclui uma medida que DeSantis havia proposto para restringir o envio de remessas de imigrantes ilegais para seus países de origem, que foi retirada da versão final do projeto.
O acordo entre DeSantis e os líderes republicanos representa um esforço conjunto para alinhar as políticas de imigração do estado com as ações do governo federal, liderado pelo presidente Donald Trump, que em janeiro emitiu várias ordens executivas para agilizar deportações e combater a imigração irregular. O novo pacote de medidas será discutido durante a sessão especial, que deve se estender até sexta-feira (14).
