Após admitir ter “maquiado” o currículo , e se tornar alvo de uma investigação de procuradores estaduais de Long Island, o deputado George Santos passou a enfrentar várias acusações que questionam trechos inteiros de sua vida. A última delas envolve a morte da sua mãe brasileira. Em 12 de julho de 2021, Santos tuitou que Fátima Devolver teria morrido por consequências dos ataques de 11 de setembro de 2001. Mas em dezembro do mesmo ano, 15 anos após a tragédia, ele voltou ao Twitter e postou que “fazia cinco anos desde que perdeu sua melhor amiga e mentora”, em referência à matriarca.
A página da campanha do Republicano também afirma que Fátima sobreviveu à queda do World Trade Center e faleceu “alguns anos depois” vítima de um câncer. “A mãe de George estava em seu escritório na Torre Sul em 11 de setembro de 2001, quando os horríveis eventos daquele dia aconteceram”, diz o site.
Uma investigação feita por veículos de imprensa, entretanto, não conseguiu comprovar que ela esteva nas Torre Gêmeas em 11 de setembro de 2001, como ele afirma. Um obituário postado online diz que ela faleceu em 23 de dezembro de 2016, no Elmhurst Hospital Hospice, em New York. Também não há provas de que ela era uma executiva financeira com escritório no edifício, conforme divulgou o recém-eleito deputado.
Citando registros públicos, a NBC News relatou que o único histórico de emprego da mãe de George Santos foi em uma companhia de importação com sede no Queens que faliu em 1994.
A suposta descendência judia do Republicano também está sendo questionada, bem como as contas de sua campanha. Além disso, descobriu-se que ele está sendo processado no Brasil por estelionato. “Ninguém está acima da lei. Se um crime foi cometido neste condado, vamos processá-lo”, declarou a promotora Anne Donnelly. Segundo ela, as mentiras propagadas pelo deputado sobre sua biografia são “impressionantes.
Um grupo de políticos democratas pediu a anulação da eleição que deu a vaga à Santos para o New York’s 3rd Congressional District por fraude eleitoral.