O drama de duas irmãs que viveram na década de 50, sob a rigidez de uma sociedade patriarcal no Rio de Janeiro. Esta é a sinopse do filme “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga à indicação do Oscar 2020. Para participar da maior festa do Cinema, o longa do diretor cearense Karim Aïnouz chega com prêmios importantes na bagagem: Festival de Cannes, Semana Internacional de Cinema da Espanha e Mostras de Lima (Peru) e Munique (Alemanha).
O filme é uma adaptação do livro homônimo de Martha Batalha, publicado em 2016, e conta a história de Eurídice e Guida, duas irmãs cujos sonhos, aspirações profissionais e projeções de futuro são esmagados por uma cultura machista opressora. Com o passar dos anos, elas se tornam invisíveis não apenas socialmente, mas entre si.
Para receber a indicação como representante brasileiro ao Oscar, ‘A Vida Invisível’ superou outros 11 concorrentes e, agora, vai tentar uma das cinco indicações na categoria “Melhor Filme Internacional” (antes chamada de Melhor Filme em Língua Estrangeira). A última vez que o Brasil esteve no Oscar foi em 1999, quando “Central do Brasil”, de Walter Salles, concorreu à estatueta nas categorias “melhor filme estrangeiro” e “melhor atriz”, com indicação de Fernanda Montenegro – que, curiosamente, está no elenco do novo filme de Aïnouz.