Depois deixar o hospital Advent Health Celebration, onde ficou internado por dois dias em decorrência de “fortes dores abdominais”, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou à residência onde está hospedado em Orlando na noite de terça-feira (10). De lá, no começo da madrugada, o ex-mandatário compartilhou em sua conta no Facebook, um vídeo onde um procurador do estado de Mato Grosso do Sul divulga teses sobre o sistema eleitoral brasileiro.
A publicação viralizou rapidamente nas redes sociais e foi apagada cerca de duas horas depois. O link original, de uma apoiadora de Bolsonaro baseada na Bahia, seguia no ar até a manhã desta quarta-feira (11), com cerca de 110 mil visualizações.
Em ambas postagens, o Facebook adicionou uma tag com mensagem dizendo que o voto eletrônico “é seguro e auditável”, incluindo um link para o site da Justiça Eleitoral brasileira. Andy Stone, porta-voz da Meta Platforms Inc., controladora do Facebook, disse ao portal americano Bloomberg, que a empresa não removeu o vídeo postado pelo ex-presidente.
A postagem de Bolsonaro vem à público um dia depois do sub-procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de União (MPTCU), Lucas Rocha Furtado, pedir o bloqueio de bens do ex-presidente, bem como do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres. O objetivo do bloqueio é garantir o ressarcimento público pelos danos causados pela invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo interlocutores do ex-presidente, ele deixou o hospital por vontade própria e planeja antecipar seu retorno ao Brasil para tratamento médico com a equipe que o acompanha desde o atentado de 2018.