DA REDAÇÃO – Em momento histórico, o Mercosul e a União Europeia fecharam nesta sexta-feira, dia 28, em Bruxelas, o acordo comercial entre os dois blocos. Nos últimos dois dias, os ministros intensificaram as negociações para colocar em prática uma parceria após 20 anos.
Juntos, União Europeia e Mercosul representam um mercado de quase 800 milhões de consumidores. Os dois blocos somam um quarto do Produto Interno Bruto mundial – o conjunto de todos os bens e serviços produzidos em um determinado período: $17 trilhões. E a expectativa a partir do acordo é que, em 15 anos, aumente o PIB brasileiro em $125 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro comemorou em rede social o tão esperado acordo.
Os países do Mercosul exportam para os europeus principalmente produtos agrícolas. Os países da União Europeia exportam para o Brasil produtos industriais como os farmacêuticos, veículos e autopeças.
O acordo criou a maior área de livre comércio do mundo. Mais de 90% das exportações do Mercosul para a União Europeia terão as tarifas zeradas em até 10 anos, de acordo com o Itamaraty.
O que mais interessa ao Brasil, produtos agrícolas, terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel, segundo os ministérios da Economia e das Relações Exteriores. Os exportadores brasileiros terão maior acesso, por meio de cotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros.
As empresas brasileiras terão eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Outro benefício será o reconhecimento de produtos brasileiros diferenciados como cachaças, queijos, vinhos e cafés.
O acordo comercial poderá trazer ganhos de R$ 500 bilhões em dez anos para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) brasileiro.
Para entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificado por todos os países do Mercosul e da União Europeia. Em alguns países, como a Bélgica, o acordo também precisará ser votado por parlamentos regionais. O governo informou que o Mercosul negocia a possibilidade de que o acordo entre em vigor em cada país do bloco assim que cada parlamento aprovar o documento. (Com informações do G1 e Agência Brasil)