Moradores de municípios afetados já apresentam problemas
Após as chuvas que causaram estragos incomensuráveis, os Estados de Alagoas e Pernambuco – os mais afetados pela tragédia – agora têm mais uma preocupação: as doenças que surgem com frequência após inundações. Só em Alagoas, a Secretaria Estadual da Saúde já registrou dezenas de casos de diarreia aguda, cinco de leptospirose e pelo menos um de hepatite A entre a população.
E o número deve aumentar, pois a chuva não dará trégua na região nos próximos dias e toda a rede hospital está operando quase sem condições. O momento mais crítico é logo após a primeira semana de enchentes, com a ocorrência de casos de doenças de pele e picadas de cobra. A partir da segunda semana, os casos de diarreia e leptospirose ganham força. Depois de um mês, predomina a hepatite.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou o envio de mais 200 mil doses de vacinas, 13 mil diluentes e mil unidades de soros antitetânicos para o Estado de Alagoas. Na última semana, Pernambuco recebeu 11 toneladas de medicamentos e cerca de 500 mil doses de vacinas, de acordo com o governo federal.
O Ministério da Saúde estima que serão necessários mais de 60 milhões de reais para a reconstrução das unidades de saúde destruídas pela chuva nos dois estados. Já são 34 mortos em Alagoas em decorrência dos temporais, que deixou cerca de 75 mil pessoas desabrigadas. Em Pernambuco houve 20 mortes.
