Investigadores da Geórgia desmantelaram uma quadrilha que explorava o trabalho de imigrantes indocumentados. Vinte e quatro pessoas foram indiciadas por tratarem os imigrantes, na maioria vindos da América Central, “de forma brutal e sub-humana”. Segundo o Departamento de Justiça, cinco dos indiciados eram imigrantes indocumentados.
De acordo com a denúncia, a organização criminosa usou um programa fraudulento de visto de trabalho H-2B para traficar trabalhadores estrangeiros para empregos agrícolas. A organização é acusada de faturar mais de $200 milhões durante o período que atuou.
Os trabalhadores eram obrigados a cavar a terra com as mãos para retirar cebolas, receber apenas 20 centavos por balde colhido e ameaçar com armas de fogo e violência para mantê-los na linha.
Os trabalhadores foram mantidos em alojamentos apertados e insalubres e campos de trabalho cercados com pouca ou nenhuma comida, encanamento limitado e sem água potável.
De acordo com os promotores, o grupo se envolveu em fraude postal, tráfico internacional de trabalho forçado e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Os criminosos operaram, além da Geórgia, na Flórida e Texas, recrutando imigrantes do México, Guatemala e Honduras. Os membros da organização também são acusados de estuprar, sequestrar e ameaçar ou tentar matar alguns trabalhadores e suas famílias.