O pastor evangélico Raphael Warnock derrotou a senadora Republicana Kelly Loeffler e levou uma das duas vagas que estão sendo disputadas em segundo turno para o cargo de senador pela Georgia.
A vitória de Warnock faz com que ele entre para a história como primeiro negro eleito senador no estado e abra caminho para que seu partido, o Democrata, fique a um passo de controlar o Congresso, após seis anos de domínio Republicano.
Warnock venceu com uma margem apertada de 50,6% contra 49,4% de Loeffler.
O presidente Donald Trump e seu sucessor, Joe Biden, viajaram na terça-feira para a Georgia para acompanhar as eleições.
Durante a madrugada, logo após a vitória de Warnock ser confirmada, Trump usou o Twitter para sugerir que os Democratas estariam “fraudando”as eleições para o Senado: “Parece que estão armando um grande sorvedouro de eleitores contra os candidatos Republicanos. Estão esperando para ver quantos votos precisam?”, tuitou.
A candidata derrotada, Kelly Loeffler, discursou no final da noite em Atlanta e disse que não vai conceder a vitória ao Democrata e que lutará para que “cada voto legal” seja contado.
A outra disputa entre Jon Ossoff, Democrata, e David Perdue, Republicano, segue em aberto, sendo que os últimos números da apuração mostram Ossoff à frente do seu adversário com uma diferença de 1% , faltando menos de 2% dos votos para serem contados.
Os Democratas já têm maioria na Câmara dos Deputados e se levarem também o Senado abrirão caminho para Joe Biden implementar sua agenda política sem grandes resistências.
Ainda nesta quarta-feira está prevista a certificação da vitória de Biden em uma sessão bicameral do Congresso. Um grupo parlamentares Republicanos planeja impor um clima de tensão e apresentar objeções à vitória de Joe Biden e Kamala Harris.
Na semana passada, eles tentaram envolver o vice-presidente e presidente do Senado, Mike Pence, em um plano para alterar uma lei secular que regulamenta os procedimentos do Colégio Eleitoral e oficializa o resultado das eleições nos EUA.