Agências de viagem sérias alertam consumidores para evitar que se transformem em vítimas
É comum as pessoas quererem economizar dinheiro. Por isto, nesta época de internet, torna-se fácil fazer pesquisas online em busca das melhores ofertas. Mas, como diz o ditado, se a esmola é demais o santo desconfia. Portanto, antes de comprar uma passagem aérea, verifique a seriedade do vendedor.
Mas como é possível se proteger dos golpistas? George Halas, da New Porte Tours, diz que é fácil checar a legitimidade do vendedor da passagem. “Basta a pessoa entrar no Sun Biz (local onde estão registradas todas as empresas que operam na Flórida) para saber se a empresa realmente existe. Além disto, precisa ter registro no IATA (órgão regulador das agências de viagem) e verificar com a companhia áerea”, explicou o empresário, preocupado com a quantidade de pequenos anúncios colocados em jornais oferecendo negócios “imperdíveis”.
Halas sugere ainda que o cliente verifique o website da agência de viagem que está comercializando a passagem, além de desconfiar quando o preço oferecido é bem abaixo daquele praticado pelo mercado. “Outra dica é esta: nunca pague uma passagem aérea com dinheiro. Use sempre cartão de crédito porque, caso a empresa aérea não confirme que você está na lista de passageiros para o voo que você adquiriu, é possível ligar para a administradora de cartão e pedir o reembolso”, disse.
Lucia Martinusso, da Magic Chart Air, também recomenda aos consumidores nunca efetuar uma compra de passagem em dinheiro. “Nós nunca aceitamos pagamentos em dinheiro, somente em cartão de crédito. Se alguém pedir ao cliente para pagar em dinheiro, desconfie.
Pode ser golpe”, denuncia.
A engenharia do golpe
Ela explica que muitas vezes o golpista recebe em dinheiro e emite uma reserva, que é enviada ao cliente. No entanto, como o dinheiro não é repassado para a companhia aérea, o assento não é confirmado e, portanto, a passagem não é válida. “No entanto, eles escondem esta informação do cliente e muitas vezes a pessoa vai até o aeroporto e somente lá descobre que foi enganada. Dá dó ver as pessoas chorando por terem perdido o dinheiro e por não poderem viajar”, comentou Lucia.
O procedimento adotado por uma agência de viagem séria deve ter as seguintes informações: número de registro no IATA, número de registro no ARC (Airlines Report Corporation), companhia aérea, número do voo e do assento, trajeto e todas as informações relativas à passagem. “Fazemos tudo isto, enviamos por e-mail e ainda mandamos uma cópia pelo correio para o cliente ficar tranquilo”, informou Lucia, que sugere ainda que a pessoa vá até ao escritório da agência para confirmar sua existência.
Lucia tem orgulho da Magic Chart Air, que em muito tempo de atuação, angariou um bom nome no mercado. Mas ela é justa e cita uma série de outras agências que se destacam por prestar serviços confiáveis, tais como Transmares Travel, Fredson Travel, Bella Travel, Air Projects e Mariana Tours.
Por falar em Mariana Tours, a reportagem do AcheiUSA conversou com Mario Magalhães, dono da Mariana Tours juntamente com Carla, sua esposa. A exemplo dos outros, enfatizou a necessidade de o cliente somente comprar passagem de empresas com registros no IATA e no ARC, órgão que exige um depósito prévio de $50 mil para honrar os compromissos assumidos.
O agente de viagem também destacou a necessidade de comparar os preços antes de efetuar a compra. “O consumidor deve pesquisar entre várias agências, se a maioria está comercializando as passagens dentro de uma faixa de preço e outra surge com um preço bem menor, pode cair fora que é golpe”, afirmou o empresário. “Se estiver desconfiado do vendedor, é simples. Peça a ele que forneça o número de seu ARC. Se ele se negar, pode ter certeza que a agência de viagem não é séria”, completou.
Outro aspecto que ele mencionou é a flexibilização de preços. “Antes, tínhamos somente quatro categorias de passagens “primeira, executiva, econômica e grupos”, hoje temos uma infinidade de opções dentro da classe econômica e as companhias aéreas cobram mais de acordo com a procura por determinados assentos. Além disso, estão faturando muito com o despacho de bagagens”, analisou.
Aliás, este é outro ponto destacado por Magalhães. Segundo ele, muitas vezes anunciam que estão vendendo passagens a um preço X. Porém, depois que as passagens promocionais foram comercializadas, o preço dobra. “Aí, os clientes ficam brabos com a gente, mas eles precisam entender que quem manda no preço é o dono do avião, ou seja, as companhias aéreas. Nós apenas temos autorização deles para vender as passagens”, constatou.
