O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), publicou uma medida nesta sexta-feira (30), que cria condições para a retomada dos cruzeiros nos EUA.
Em um documento de 40 páginas, o órgão lista uma série de providências que devem ser tomadas pelos dirigentes das empresas que operam os cruzeiros para que possam voltam a receber sua tripulação.
A decisão foi recebida como uma vitória para a indústria deste setor na Flórida, que está paralisada desde março quando o surto de covid-19 teve início em todo o mundo.
A maioria das empresas de cruzeiros – Carnival Corporation, Royal Caribbean Group, Norwegian Cruise Line Holdings, MSC Cruises, Disney Cruise Line, Bahamas Paradise Cruise Line e Virgin Voyages – haviam cancelado todas as previsões de viagens que partiam de portos dos EUA até pelo menos 1º de dezembro.
Para voltar a operar, os cruzeiros terão que testar toda a equipe de funcionários a bordo, instalar equipamentos de sanitização, redefinir o tamanho da tripulação autorizada a embarcar, oferecer testes rápidos para a covid-19, entre várias outras ações.
A permissão de funcionamento só será concedida depois que o CDC constatar que todas as exigências foram cumpridas.
Na última terça-feira (27), o governador Ron DeSantis emitiu um comunicado à imprensa afirmando que “quer ver os navios de cruzeiro em funcionamento novamente”. O governador disse que “está trabalhando com a Casa Branca” para liberar a retomada do setor no estado.
A declaração vai na contramão do que disse o prefeito de Miami-Dade, Carlos Gimenez, durante um comício com trabalhadores de PortMiami, também no início dessa semana.
Gimenez pediu ao CDC que deixasse a ordem de proibição de embarque expirar, em 1º de dezembro, para então decidir o que fazer.
Um levantamento feito pelo jornal Miami Herald informou que a indústria de cruzeiros ligada à PortMiami gera uma receita anual de $7 bilhões.