Histórico

Crise atrapalha votações no Congresso

O Congresso Nacional está tão envolvido no emaranhado de denúncias que pesam nas costas dos seus parlamentares que paralisou todas as outras votações importantes. A expectativa é que o ano praticamente já terminou e o debate de matérias econômicas que foram prometidas para 2009. No ano que vem, com a agenda política dominada pelas eleições à presidência, é pouco provável que assuntos como a limitação do crescimento de gastos públicos e a alteração de regras para a realização de licitações – o que dizer das reformas estruturais, como a política e a tributária, que permaneceram estacionadas.

“A reforma tributária fica para o próximo governo, para a próxima Legislatura”, admitiu o vice-líder do governo no Senado, Renato Casagrande (PSB-ES). Desde o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o Executivo vem enviando propostas de mudanças no sistema tributário ao Congresso, sem sucesso de aprovação integral. Em fevereiro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o mesmo, mas a base aliada da Câmara não conseguiu cumprir a promessa de colocar o projeto em pauta no início deste ano.

Segundo Casagrande, governadores, prefeitos e o governo federal não se entendem em torno da ideia de uma reforma de impostos, o que inviabiliza a aprovação. “A economia brasileira se encontra num processo de retomada pós-crise. Não dá para aprovar uma coisa sem esperar o que vai acontecer com o resto do mundo”, tentou justificar o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.

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