Não importa a sua idade ou o país em que você vive, mas se você tiver acesso à Internet, com certeza você está entre os 4,48 bilhões de pessoas que possuem uma rede social, seja para vender, comprar, falar com amigos e familiares ou apenas para se informar. Dados mais recentes sugerem que o número de usuários de mídia social em todo o mundo equivale a mais de 70% da população global elegível. E isso é ótimo, uma vez que estes aplicativos tornaram a nossa vida mais prática e dinâmica; principalmente para nós, brasileiros que estamos longe de casa e encontramos nestes aplicativos uma maneira de matar as saudades de casa e nos manter mais pertinho de quem amamos.
Mas, como nem tudo são flores, na mesma proporção em que a tecnologia trouxe benefícios, também trouxe preocupações e inúmeros golpes eletrônicos. Por isso, na minha estreia como colunista aqui no ACHEIUSA quero trazer um tema relevante e que deixa todo mundo preocupado: o cybercrime.
Afinal, tenho certeza que você conhece alguém que fez uma compra que nunca chegou, que conversou com um criminoso pelo Whatsapp, que fez uma transferência financeira, pagou um boleto falso, entre vários outros casos. Eu atuo como perito em crime eletrônico desde 1999 e de lá pra cá já vi muita coisa diferente nos meios digitais, coisas boas e ruins, é claro. Mas o que tem chamado muito a minha atenção nestes últimos anos é a ousadia e a facilidade destes criminosos em burlar a fiscalização, softwares, hardwares e encontrar brechas nos algoritmos para fazerem novas vítimas ao redor do mundo.
Até alguns anos atrás, só tínhamos que nos preocupar com o que estava próximo, com o criminoso físico ou com aqueles que se escondiam atrás da tela de um computador mas que falavam a nossa língua e que estavam a algumas ruas de distância, mas isso já não acontece mais e por isso é sempre bom conhecer mais sobre esse universo e contar com a expertise de profissionais que atuam nessa área. Recentemente estive no Japão e vi que as denúncias de crimes eletrônicos que acontecem por lá, são as mesmas que encontro aqui nos Estados Unidos ou nos casos que atuo, no Brasil. A globalização chegou inclusive, na esfera criminal.
A medida em que a tecnologia avança e vai ganhando novos patamares, os criminosos também vão aprendendo e aperfeiçoando a sua metodologia, seja para descobrir potenciais vítimas, para abordá-las, roubar seus dados ou pedir resgate. Cair nestas chantagens pode ser crucial para que você perca dinheiro e sua reputação.
Mas tenho certeza que você está se perguntando: por que ainda existem pessoas caindo nestes golpes que são cada dia mais expostos e divulgados? Eu posso afirmar com todas as letras que qualquer pessoa, independente de classe social ou formação, está sujeita a ser enganada. E digo mais: 97% dos crimes virtuais acontecem por meio da ajuda das vítimas e é isso que faço questão de reforçar com os meus clientes.
Os golpistas aprendem a interpretar as pessoas, usam a tecnologia a seu favor e induzem a vítima ao erro, muitas das vezes contando uma história mentirosa para conseguir adquirir uma senha, uma informação e assim efetuar o golpe. E infelizmente eles estão sempre um passo a frente.
Uma das técnicas mais antigas e a mais usada no crime digital é o “phishing”, e não é à toa que ela apresente o maior percentual de sucesso e seja a queridinha dos criminosos. Assim, com o passar do tempo, a abordagem vai sendo lapidada e fazendo com que mais pessoas, sejam enganadas.
O “phishing” nada mais é do que o envio de e-mails, postagens em redes sociais ou mensagens SMS, que tentam se passar por comunicações de uma grande empresa, os criminosos induzem a vítima a fornecer dados pessoais, por meio do acesso a páginas falsas; da instalação de códigos maliciosos, projetados para coletar informações sensíveis; e do preenchimento de formulários contidos na mensagem ou em páginas web.
Portanto, a orientação padrão é: nunca clique em links sugeridos por e-mails de desconhecidos e adote medidas de segurança em seus dispositivos, celulares, WhatsApp, computadores ou e-mail.
Outra dica importante para os leitores do ACHEIUSA é: vá com calma, não se exponha tanto e controle quais informações você divulga na rede. A internet é uma vitrine online e pública, e é impossível saber quem está por trás das telas consumindo o que você compartilha. Durante os passeios, muito cuidado ao se conectar por wi-fi públicos, em alguns casos, em vez de falar diretamente com o ponto de acesso, você pode estar enviando suas informações para o hacker, que pode retransmiti-las, então para se manter seguro, tente evitá-los, mas se precisar usar, não faça login em nenhuma conta importante enquanto estiver conectado. É possível se prevenir contra inúmeras ameaças, como tentativas de golpes e fraudes com esses pequenos cuidados.
Agora, se você foi vítima de algum golpe eletrônico ou conhece alguém que foi, é preciso intervir rapidamente para que os prejuízos – financeiros, emocionais e até mesmo de imagem – sejam minimizados.
Se quiser saber mais sobre esse tema, me siga nas redes sociais @wanderson.castilho que sempre trago análises e dicas atuais e importantes para você proteger seus dados.