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Cresce número de brasileiros que tentam entrar pela fronteira sul

Quantidade de conterrâneos que se arriscam na divisa com o México aumentou 60,8% entre abril e maio

“Imigrantes brasileiros são diferentes dos outros”, dizem autoridades que atuam na fronteira entre Estados Unidos e México (Foto: Wikimedia Commons)
“Imigrantes brasileiros são diferentes dos outros”, dizem autoridades que atuam na fronteira entre Estados Unidos e México (Foto: Wikimedia Commons)

DA REDAÇÃO – A quantidade de brasileiros que tentam cruzar a fronteira dos Estados Unidos de forma ilegal voltou a aumentar depois de 2020. Mesmo sem estar entre as cinco nacionalidades com maior volume de imigrantes indocumentados, eles acabam chamando a atenção dos oficiais americanos por serem considerados diferentes dos demais. “Muitos estão bem-vestidos, têm boas malas e dinheiro. Diferem dos imigrantes típicos tentando entrar ilegalmente no País”, disse a chefe do Customs and Border Protection (CBP) do setor de El Paso, Texas, Gloria Chavez, ao Correio Braziliense. De acordo com dados do CBP, entre abril e maio o número de imigrantes brasileiros na fronteira aumentou 60,8%, chegando a 5.404.

“Não há muitos brasileiros neste setor, mas quando os encontramos eles estão sempre com roupas melhores que os outros. Acredito que a maioria tenta entrar por outros setores, porque a área é bastante violenta no lado mexicano, com muitos cartéis”, acrescenta o chefe adjunto da divisão do CBP em Laredo, no Texas, Greg Burnwell. Segundo ele, entre os 51 mortos registrados no ano fiscal passado não há nenhum brasileiro.

Gloria Chavez afirma que há poucos imigrantes brasileiros na região e destaca que as organizações criminosas levam os indocumentados para locais onde encontram mais facilidades para cruzar a fronteira com o México. “Começamos a trabalhar investigando as entrevistas, e o Departamento de Estado trabalha em parceria com o governo do México para diminuir a emissão de vistos de turistas”, conta.

Já o monitoramento da divisa em Laredo é feito de forma intensiva, por cerca de 1,8 mil agentes em sete bases de monitoramento espalhadas pelas 135 milhas da fronteira. A fiscalização atua por terra, rio e ar, incluindo a utilização de drones equipados com câmeras com visão noturna.

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