O maior aeroporto do Brasil está sofrendo mais tentativas de contrabando de drogas em 2023. Segundo números da Polícia Federal, cresceu em 30% o número de apreensões feitas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, entre os meses de janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
A PF apreendeu quase uma tonelada e meia de drogas com passageiros que tentaram embarcar ou desembarcaram no aeroporto, levando 231 pessoas presas – os números superam os do mesmo período de 2022. Cocaína escondida é o motivo de nove em cada dez casos de prisões. Mas os agentes encontram todo tipo de droga, como metanfetamina e maconha.
A série histórica de apreensões revela uma tendência de crescimento no tráfico internacional de drogas pela saída de Cumbica. E a partir da pandemia, houve uma escalada no número de flagrantes.
Segundo a polícia, as investigações começam desde o saguão, onde agentes federais ficam atentos ao comportamento e ao perfil de passageiros que se preparam para embarcar. A prisão é feita na área de imigração. De acordo com a PF, as tentativas de contrabando são feitas de diversas formas: com droga escondida em vidros de perfumes, no solado de tênis, em pacotes de sopa instantânea e até em um inocente pinguim de geladeira.
Em 80% dos casos o entorpecente vai na bagagem, mas há quem tente embarcar com drogas amarradas ao corpo.
Na quarta-feira (30), um nigeriano com passagem para a Costa do Marfim foi preso em Guarulhos – ele carregava 10kg de cocaína distribuídos em vidros de xampu e condicionador.
A pena para o crime de tráfico internacional de drogas pode passar de 15 anos de prisão no Brasil. Em outros países a legislação é diferente e pode ter penas ainda mais duras.
*com informações do G1
