As detenções de imigrantes feitas por agentes do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) ao longo da fronteira com o México já superou dois milhões de pessoas no ano fiscal, segundo dados do órgão publicados recentemente, que constatou ainda o aumento da imigração de cidadãos de países como Venezuela, Nicarágua e Cuba.
Em agosto, as detenções de imigrantes aumentaram para 203,598 na fronteira sul dos EUA, conforme mostram os dados. Destes, 22% do total eram de pessoas que cruzaram a fronteira mais de uma vez.
O governo Biden continua aplicando uma restrição de emergência por causa da pandemia, conhecida como Título 42, na fronteira permitindo às autoridades fronteiriças rechaçar os imigrantes, mas há limitações baseadas na nacionalidade. As frias relações com países como Cuba e Venezuela também impedem que os EUA expulsem as pessoas.
No mês passado, 55,333 imigrantes encontrados na fronteira eram da Venezuela, Cuba ou Nicarágua, aumento de 175% desde agosto passado.
“Os regimes comunistas falidos na Venezuela, Nicarágua e Cuba estão impulsionando uma nova onda de imigração em todo o hemisfério ocidental, incluindo o recente aumento na fronteira sudoeste dos Estados Unidos”, comentou o diretor do CBP, Chris Magnus.
O governo Biden, argumentaram os funcionários, se concentra em aumentar a assistência aos países do hemisfério ocidental que abrigam imigrantes venezuelanos, como Colômbia, Equador e Costa Rica, e ampliar o reassentamento de refugiados.
Além desses esforços, a administração afirmou estar reduzindo o tempo de processamento de asilo para que os casos possam ser ouvidos com mais rapidez.
O governo americano também duplicou o esforço para o desmantelamento das redes de tráfico de pessoas com a contratação de mais de 1,300 efetivos na América Latina e em torno da fronteira dos EUA e o comprometimento de $50 milhões. Em consequência deste esforço, foram realizadas quase cinco mil prisões nos EUA e em toda a região.
