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Cresce 22% o número de crianças imigrantes nos centros de atendimento nos EUA

O número de menores cresceu de 8.886 ao final do quarto mês do ano para 10.852, ocupando 95% da capacidade destes centros

Crianças desacompanhadas são entregues à famílias de abrigo, muitas vezes parentes próximos
Crianças desacompanhadas são entregues à famílias de abrigo, muitas vezes parentes próximos

De 29 de abril até hoje aumentou em 22% o número de crianças imigrantes nos centros de atendimento do governo dos EUA, segundo dados do Departamento de Saúde e Serviços Sociais (HHS) citados pela rede de notícias CNN.

O número de menores cresceu de 8.886 ao final do quarto mês do ano para 10.852, o que implica 95% da capacidade dos centros destinados a recebe-los com aproximadamente 575 camas cobertas, a maioria delas em um acampamento temporário em Homestead, Flórida.

Um porta-voz do HHS confirmou à CNN, ainda, que existem outras camas disponíveis que estão espalhadas em outras instalações.

O HSS tem 100 centros abertos em 14 estados do país e explora o uso de bases militares para abrigar as crianças imigrantes, uma medida tomada pela administração Obama durante a onda de menores desacompanhados de 2014.

O New York Times publicou esta terça-feira (29) que o governo havia perdido o rastro de pelo menos 1.475 menores que, após ter entrado ilegalmente nos EUA juntamente com seus pais, foram separados deles e entregues a famílias de abrigo, segundo reportagem da EFE.

Em uma conferência de imprensa, diferentes funcionários do governo enfatizaram a situação da política de “prender e liberar” adotada pela Administração de Barack Obama (2009-2017) com os imigrantes indocumentados.

Essa política permite aos agentes da fronteira liberar os imigrantes clandestinos detidos na fronteira com a proposta de permanecer em liberdade enquanto esperam por um julgamento imigratório que examine sua deportação, caso não oferecessem perigo à segurança do país.

De todo forma, de acordo com o assessor político da Casa Branca Stephen Miller, a descrição do problema realizada pelo NYT não era “correta”, pois esses menores não estão sob a custódia do governo, mas, sim, foram entregues a famílias de abrigo que, na maioria dos casos, são também seus familiares.

Segundo a CNN, Steven Wagner, funcionário do HHS, o órgão não pode negar um “patrocinador”’ adequado somente porque a pessoa está ilegalmente nos EUA e, portanto, muitas famílias podem temer atender o telefone quando precisam de uma comprovação a cada 30 dias.

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