O risco de contrair o coronavírus no condado de Los Angeles nunca foi tão alto. Segundo os últimos dados divulgados pelo Los Angeles County Public Health nesta terça-feira (5), de cada cinco pessoas testadas na região, uma é positiva para o vírus.
“Todos devem ter em mente que as taxas de transmissão na comunidade são tão altas que você corre o risco de infecção sempre que sair de casa”, disse a diretora de saúde pública do condado de LA, Barbara Ferrer, ao jornal Los Angeles Times.
“Suponha que este vírus mortalmente invisível esteja em toda parte, procurando por um hospedeiro disposto”, analisou.
A situação fez com que mais e mais pessoas fossem admitidas em hospitais para tratar complicações da covid-19, tornando a disponibilidade de leitos de UTI em praticamente 0% no sul da Califórnia.
Muito centros médicos simplesmente não têm oxigênio nem profissionais para atender aos doentes, conforme reportou o LA Times.
Com isso, os serviços de emergência estão selecionando as pessoas que serão transportadas para as unidades de saúde, deixando para trás os pacientes com pouca chance de sobrevivência.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, formou uma força-tarefa para tratar do assunto na semana passada. Ele está trabalhando com parceiros locais e estaduais para ajudar a reabastecer os tanques de oxigênio e enviá-los para hospitais e instalações mais necessitadas.
O condado de LA e o restante do sul da Califórnia estão em lockdown e as autoridades também estão oferecendo sugestões mais específicas como:
• Se você vai trabalhar ou comprar mantimentos, tente nunca remover a cobertura do rosto quando estiver perto de outras pessoas
• Evite comer ou beber com alguém que não seja da sua casa
• Lave ou higienize suas mãos a cada hora
• Faça uma pausa nas compras
• Não vá a nenhuma reunião com pessoas fora de sua casa
• Pratique exercícios sozinho ou apenas com outras pessoas de sua casa
Autoridades locais disseram que a nova onda de coronavírus foi causada em parte por eventos festivos, começando com o Dia de Ação de Graças e depois no Natal e no Ano Novo. As infecções relacionadas aos últimos dois feriados serão aparentes no final deste mês, congestionando ainda mais os hospitais sobrecarregados