Os advogados do presidente Donald Trump tinham tentado bloquear a entrega das declarações de impostos aos promotores, alegando a “imunidade” do presidente durante seu mandato.
Entretanto, a Suprema Corte determinou que “nenhum cidadão, nem mesmo o presidente, está categoricamente acima do dever comum de fornecer provas quando exigidas em um processo penal”, dando sinal verde para que os tribunais seguissem em frente com os pedidos de informações.
A defesa de Trump recorreu, deixando de lado a questão da imunidade, e alegando que os pedidos para a apresentação das contas de Trump são muito “amplos e de má-fé”.
Nesta quarta-feira (6), um painel composto por três juízes de Manhattan rejeitou por unanimidade estes argumentos, exigindo que Trump entregue suas declarações de impostos à procuradores de New York.
Apesar dos esforços de Trump para manter suas informações fiscais longe do olhos do público, algo que nenhum presidente americano havia feito nos últimos 40 anos, o jornal The New York Times revelou, há duas semanas, detalhes de suas declarações das últimas duas décadas.
Os documentos obtidos pelo NYT mostram que Trump não pagou impostos federais sobre a renda em 10 dos últimos 15 anos, em grande parte porque declarou perdas maiores que as receitas de suas empresas. O total desembolsado pelo atual presidente foi 750 dólares em 2016, e a mesma quantia em 2017.
Com a decisão desta quarta-feira, os advogados de Trump podem levar o caso, mais uma vez, à Suprema Corte.
O presidente já nomeou dois dos nove membros que compõem esse tribunal. A morte da juíza Ruth Bader Ginsburg em setembro, abriu caminho para que ele nomasse um terceiro , fazendo a balança da Suprema Corte se inclinar mais para o lado conservador.
Na próxima semana começam as audiências no Senado sobre a nomeação da substitutal de Bader, a juíza Amy Coney Barrett. Com informações da agência AFP.