DA REDAÇÃO (com Rede ABR) – O corpo do brasileiro Elivelton Dias, 38 anos, que foi assassinado por um colega de trabalho na cozinha do restaurante P. F. Chang’s no Northshore Mall, em Peabody (MA) na tarde de sábado (29), será velado no Brasil. Amigos fizerem uma campanha na internet para arrecadar dinheiro e conseguiram $15 mil. A esposa de Elivelton, Fabiana Matos, não irá comparecer ao funeral, já que ela teve bebê há pouco mais de dez dias. Elivelton era natural de Mendes Pimentel, em Minas Gerais e estava nos Estados Unidos desde 2002.
O assassino confesso do brasileiro é o americano Jaquan Huston, 23 anos, que foi preso em sua casa em Salem, para onde havia fugido após o crime. “Eu fiz o que devia ser feito”, teria dito o homem que também trabalhava no restaurante e está preso sem direito à fiança. Elivelton tinha acabado de ser pai de uma menina há apenas nove dias.
Segundo uma testemunha que estava no local, o crime ocorreu por volta das 5:40pm, ele se virou quando ouviu os gritos de Elivelton que estava com a faca cravada nas costas. “Ele (Elivelton) nunca vai saber o que o atingiu. O restaurante virou um caos completo, as pessoas gritavam, um cenário triste”, disse. Elivelton chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi atingido por uma faca de 30 centímetros que era usada para cortar sushi.
A mãe do acusado disse que estranhou quando o filho chegou em casa mais cedo no sábado, e ainda deu dinheiro para que o filho pegasse um ônibus. Quando a polícia chegou para levar o seu filho preso, é que tomou ciência do que havia acontecido.
Jaquan, disse que havia sido ameaçado pelo brasileiro. Por incentivo da mãe, Huston matriculou-se numa grupo de controle de raiva, mas não chegou a ir nenhuma vez nas reuniões e não negou em hora nenhuma ter esfaqueado o brasileiro, provocando a sua morte.
De acordo com Laura Matos, prima de Fabiana, em entrevista ao jornal Extra, os dois moravam em Belo Horizonte (MG) e decidiram ir para os Estados Unidos em busca de uma vida nova. Antes da mudança, Elivelton trabalhava na Polícia Civil de Minas Gerais.
“Eles estavam muito felizes nos EUA, mas planejavam voltar ao Brasil daqui a alguns anos. A ficha ainda não caiu. Foi muito de repente. Na sexta-feira conversamos e estava tudo bem “, contou Laura.
Em nota, o Itamaraty informou que “o caso está sendo acompanhado pelo Consulado-Geral do Brasil em Boston, que presta assistência, junto a amigos e familiares da vítima, relativa aos trâmites necessários para a emissão da correspondente certidão de óbito, bem como para a liberação do corpo e traslado ao Brasil, conforme desejo expresso pela família”.