O corpo encontrado na terça-feira (4), em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi identificado no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte como Cristiano Jorge Dias, de 42 anos. Até agora, foram confirmadas 246 mortes. Vinte e quatro pessoas continuam desaparecidas.
O corpo foi encontrado quase intacto na lama, a cerca de 9 metros de profundidade, no local onde se fazia embarque do minério em vagões de trem. O homem estava a serviço de uma empresa terceirizada contratada pela Vale.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros em Minas, explicou que existe uma condição específica em que rejeitos de minério ajudam na preservação do corpo. “Esse corpo estava numa localidade onde antes existia uma pilha de minério já beneficiado para embarque nas locomotivas”, contou.
A área, conhecida como Terminal de Carga Ferroviário (TCF), é o ponto onde o minério é transferido para os vagões. “No momento em que o corpo bateu na estrutura, nessa pilha de minério, ele acabou não sendo carreado tão para frente e, por isso, a gente acredita que tenha se mantido em uma condição mais adequada de preservação”, esclareceu o tenente.
Os legistas tentaram fazer identificação por meio de uma tatuagem no ombro e por meio de digitais, mas só coa confirmação só foi possível com exame da arcada dentária.
Em Brumadinho, o rompimento da barragem aconteceu no dia 25 de janeiro e as buscas não param, segundo o Corpo de Bombeiros. Mais de 150 bombeiros trabalham no resgate, com ajuda de máquinas e cães.