DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS – A Coreia do Norte afirmou, na quarta-feira (6), que realizou com sucesso seu primeiro teste com uma bomba de hidrogênio – uma forma mais poderosa de bomba nuclear. De acordo com o anúncio, feito por meio de um comunicado na mídia estatal, a Coreia do Norte declarou que seus cientistas haviam medido “o poder de uma pequena bomba H”.
A Casa Branca afirmou, porém, que a análise inicial do suposto teste nuclear não é consistente com um teste de bomba de hidrogênio, mas qualquer teste nuclear deve ser uma “violação escandalosa” das medidas do Conselho de Segurança da ONU. “A análise inicial não é consistente com a reivindicação que o regime fez sobre um teste de bomba de hidrogênio bem-sucedido”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, durante entrevista coletiva.
Imediatamente após a divulgação da notícia por Pyongyang, Japão e Estados Unidos solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Antes da reunião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o teste e o qualificou de “extremamente problemático”.
A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10h da quarta-feira (6). O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) havia divulgado que um terremoto de magnitude 5,1 ocorreu por volta desse horário nas proximidades do local da suposta realização do teste nuclear, no nordeste da Coreia do Norte.
Reino Unido condena testes
O governo do Reino Unido convocou, na quinta-feira (7), o embaixador da Coreia do Norte em Londres para condenar o teste nuclear anunciado ontem (6) por Pyongyang.
“Convoquei o embaixador da Coreia do Norte para sublinhar com a maior veemência a condenação britânica do teste nuclear”, informou, em comunicado, o secretário de Estado para os Assuntos Asiáticos do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, Hugo Swire.
O texto acrescenta que o Reino Unido apoia o acordo alcançado no Conselho de Segurança da ONU para preparar novas sanções contra a Coreia do Norte e classificou o ensaio como uma “violação clara” de várias resoluções do órgão executivo das Nações Unidas.
“Apelo ao regime norte-coreano que atue no melhor interesse do seu povo e escolha o caminho que os beneficiar”, afirmou o secretário.
Três testes nucleares norte-coreanos anteriores, realizados em 2006, 2009 e 2013, geraram a imposição de uma série de sanções da ONU ao país.