A FDA anunciou a proibição do corante vermelho No. 3 em alimentos, bebidas e medicamentos nos Estados Unidos, citando estudos que ligam o aditivo ao câncer em ratos machos. O corante, utilizado desde 1907 para dar tons vibrantes a produtos como balas e refrigerantes, já havia sido banido em cosméticos desde 1990. Organizações como o Environmental Working Group comemoraram a decisão, considerando-a atrasada, mas necessária, para proteger a saúde pública.
A partir de 2027, empresas e importadores terão que remover o corante de seus produtos. Muitos fabricantes já migraram para corantes naturais ou outras alternativas, especialmente após a Califórnia proibir o Red 3 em 2023. Apesar disso, o uso do corante em produtos alimentícios ainda é permitido em países como Austrália e Nova Zelândia, exceto em cerejas ao marasquino. A FDA afirma que os estudos não encontraram riscos claros para humanos, mas organizações consumidoras apontam falhas no monitoramento da agência.
A decisão reacendeu críticas sobre a demora da FDA em reavaliar aditivos químicos aprovados há décadas. Especialistas destacam a falta de recursos e autoridade para revisões mais rápidas. Thomas Galligan, do Center for Science in the Public Interest, disse que outras substâncias potencialmente nocivas, como os corantes amarelo No. 5 e vermelho No. 40, também precisam ser revisadas. Esses aditivos foram associados a problemas de saúde e comportamentais, especialmente em crianças.
A medida ocorre em um momento de reorganização dos programas de segurança alimentar da FDA, buscando maior controle sobre aditivos químicos. Enquanto consumidores e cientistas pressionam por ações mais firmes, a indústria alimentícia promete cumprir as novas regras, embora algumas entidades ainda questionem a necessidade da proibição.