Formato e as eventuais mudanças nas eliminatórias serão decididas no futuro.
A Copa do Mundo terá 48 participantes a partir de 2026. O formato do torneio e as eventuais mudanças nas Eliminatórias (número de vagas por continente, por exemplo) serão decididas em breve, possivelmente em março.
América do Sul deve ter seis vagas diretas na Copa, com mais uma na repescagem (atualmente são quatro mais uma). Essa divisão para cada continente ainda pode sofrer alterações, porém houve um acordo prévio entre as seis confederações nos seguintes termos:
• Uefa: 16 vagas
• África: 9,5 vagas
• Ásia: 8,5 vagas
• Conmebol: 6,5 vagas
• Concacaf: 6,5 vagas
• Oceania: 1 vaga
Formato com 16 grupos
Além da questão das vagas, outro ponto que será definido será o formato da competição. A proposta com mais força seria a de dividir as 48 seleções em 16 grupos com três times cada. Os dois melhores de cada grupo se avançam.
Os 32 classificados então se enfrentariam em mata-mata. E assim até a final. Nesse formato, a Copa teria a mesma duração das últimas edições, cerca de um mês.
Aumentar o número de participantes do Mundial foi uma das promessas de campanha de Gianni Infantino. O ex-secretário-geral da Uefa foi eleito em fevereiro de 2016 para chefiar a entidade que manda no futebol mundial. “Para 2026, acho que seria positivo aumentar o número de times. Digo isso porque o futebol só melhora em todo mundo. E não é populismo. O papel da Fifa é desenvolver o futebol no mundo, fazer as pessoas participarem”, declarou o dirigente.
Disputada desde 1930, a Copa do Mundo teve diversos formatos. Na primeira edição, realizada no Uruguai, foram 13 participantes. Em 1934, na França, o número de seleções passou para 16. No Mundial seguinte foram 15 e, em 1950, no Brasil, 13 equipes participaram. Em 1938 e 1950, a fórmula previa 16 seleções, entretanto, por questões sócio-políticas, alguns países declinaram de suas vagas.
A partir de 1954, na Suíça, até a Copa do Mundo da Argentina, em 1978, o número de 16 seleções se fixou. Em 1982, na Espanha, o torneio passou a ser disputado por 24 equipes. Esse formato durou até 1994, nos EUA. Em 1998, na França, o Mundial passou a ter 32 equipes, formato que perdurará até a Copa de 2022, que será realizada no Qatar.
América do Sul deve ter seis vagas diretas na Copa, com mais uma na repescagem
Aprovada pela Fifa, a expansão da Copa para 48 países em 2026 gera uma discussão sobre as eliminatórias nas Américas do Sul, Central, do Norte e Caribe. Há uma proposta de unificação da competição da Conmebol e Concacaf que, no momento, tem pouca força para se concretizar. Ao mesmo tempo, cartolas da região do Sul reconhecem a necessidade de rever seu sistema classificatório sob risco de vê-lo se tornar sem sentido.
Antes da reunião oficial do conselho da Fifa, o venezuelano Laureano González, vice-presidente da Conmebol, sugeriu que houvesse uma unificação do processo classificatório no continente. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, gostou da ideia como uma possibilidade de tornar o torneio mais atraente.
Só que outros dirigentes da América do Sul se mostraram bastante incomodados com a proposta do colega. Neste grupo, o argumento é de que a Concacaf, com mais membros e a presença dos EUA, poderia se tornar predominante sobre os países do Sul.
Há dois fatores que são considerados positivo: impacto econômico do mercado dos EUA e a possibilidade de ampliar ainda mais os classificados. Neste contexto, as duas confederações poderiam até estreitar mais os laços com interações também entre os clubes.
Só que, na atual conjuntura, é mais provável que prevaleça o argumento político que impede a unificação e que garante vagas para o continente. Sem apoio da Conmebol, o modelo deve ruir. Afinal, Infantino não quer se indispor com futuros eleitores e por isso que fez a Copa.
Neste cenário, surgiria um problema: a Conmebol provavelmente ficará com seis vagas e meia para 10 países. Isso tornará possível que um país se classifique com muitas rodadas de antecedência no atual formato de eliminatórias, já que 60% ou 70% entrariam na Copa.
Dirigentes da Conmebol admite que há um problema para a competição. Defendem que a solução seja pensada com calma pois ainda falta bastante para as eliminatórias da Copa-2026 começarem.
Evidentemente, a fusão entre Conmebol e Concacaf é benéfica para as duas confederações. A não ser, é claro, para os dirigentes que acabaria m perdendo poder. Com uma confederação única, haveria a redução de cargos para os cartolas. E isto é terrível, na visão deles. Mas, do ponto de vista de marketing, poderia ser uma excelente oportunidade para unir o continente Americano, assim como já faz a Europa.
Sobre o critério técnico, consider descabido o temor dos dirigentes da Conmebol. Juntando as duas confederações, seriam 13 vagas disponíveis. Ora, os países filiados à Conmebol seriam mais beneficiados, uma vez que atualmente a Concacaf tem apenas três países com futebol mais desenvolvido – EUA, México e Costa Rica -, enquanto na América do Sul há mais equilíbrio.
Em relação ao novo formato, não se pode negar que é intenção da Fifa agradar confederações de todo mundo para ter mais votos. Porém, no aspecto técnico, haverá um declínio, pelo menos na primeira fase, com excesso de jogos reunindo adversários fracos, os quais devem ser eliminados na fase de grupos. Porém, estas seleções menos badaladas teriam o gostinho de participar da maior competição mundial de futebol entre seleções. Contra os críticos, Infantino frisa que a comnpetição terá o mesmo período consagrado à Copa do Mundo atual – cerca de um mês – e a seleção campeã joigará apenas sete partidas, como ocorre atualmente. É esperar para ver.
Brasil é 2º no ranking da Fifa
O ranking da Fifa iniciou 2017 praticamente da mesma forma como terminou 2016: com a Argentina na liderança, seguida do Brasil, o segundo, e da Alemanha, a terceira. Sem jogos entre as principais seleções do mundo nesse período de virada do ano, as únicas alterações aconteceram entre equipes que ocupam o meio da lista, e o top-10 se manteve inalterado.
Na primeira relação de 2017, os argentinos apareceram com os mesmos 1.634 pontos de 2016, 90 à frente do Brasil de Tite. Atual campeã mundial, Alemanha completou o “pódio” com 1.433 pontos somados. O bicampeão da Copa América Chile, com 1404, e Bélgica, com 1368, completaram o top-5. A seguir, vem Colômbia (1345), França (1305), Portugal (1229), Uruguai (1187) e Espanha (1166).
Bernardinho deixa o comando da seleção de vôlei
Bernardinho, o determinado técnico de voleibol mais vitorioso do Brasil, anunciou que está deixando o comando da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei. O carioca Bernardo Rocha de Resende dedicou sua vida ao vôlei. Depois de ter integrado a geração prateada do vôlei brasileiro, ao lado de Bernard, Montarano, Badalhoca, Renan e William – de quem era reserva como levantador -, ele começou sua carreira como assistente técnico de Bebeto de Freitas, na Olimpíada de Seul, em 1988. Depois de treinar equipes italianas entre 1990 e 1994, ele retornou ao Brasil para assumir a Seleção Feminina de Vôlei. No período, ele transformou as brasileiras em um grupo vencedor. O sucesso como treinador da equipe feminina abriu as portas para comandar a Seleção Masculina de Vôlei, que ele dirigiu por 15 anos com diversos títulos conquistados: “Campeão Sul-americano” – ouro (2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 e 2015), “Copa do Mundo” – ouro (2003, 2007), “Liga Mundial” – ouro (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010), “Pan-americano” – bronze (2003), ouro (2007, 2011), prata (2015), “Jogos Olímpicos” ouro (2004), prata (2008) e mais um ouro em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Renan, o substituto
A seleção brasileira masculina de vôlei tem um novo comandante, mas permanece nas mãos de alguém que fez história dentro da modalidade no país e construiu sua carreira de maneira bem semelhante à de seu antecessor. Assim como Bernardinho, que deixou a seleção na quarta-feira (11), Renan Dal Zotto fez parte da chamada “Geração de prata” de 1984, dirigiu clubes italianos no início de sua trajetória como treinador e tem um perfil exigente na gestão de seus projetos. Fora das quadras, os dois ícones do voleibol brasileiro são amigos, fato que gera troca de informações e parceria no trabalho para o próximo ciclo olímpico.
Nascido na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, no dia 19 de julho de 1960, Renan tem 56 anos, começou a praticar vôlei na escola com 12 anos e chegou à seleção juvenil em 1978. Como atleta, atuou pelo Brasil em três Olimpíadas, três Mundiais, três Pan-Americanos e dois Mundialitos. Foi um dos destaques da conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, na equipe que também contava com Bernadinho, e ainda disputou Moscou 1980 e Seul 1988.
Depois da Olimpíada de 1988, Renan foi contratado pelo Maxicomo-Parma e virou o “Rei da Itália”, ao conquistar títulos do Italiano, da Copa da Itália e do Campeonato Europeu. Em 1993, após uma breve passagem pelo Messaggero/Ravenna, encerrou sua carreira como jogador.
Apesar de ter treinado algumas equipes brasileiras, foi na área administrativa que Renan voltou à seleção brasileira. No último ciclo olímpico, para a Olimpíada Rio 2016, ele foi diretor de seleções da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), contribuiu no momento do escândalo de corrupção que causou a renúncia do ex-presidente Ary Graça, hoje presidente da Federação Internacional (FIVB), e teve o trabalho coroado com o ouro nos Jogos do Rio, o último título de Bernardinho no comando da seleção.
Fora das quadras, Renan é amigo pessoal de Bernardinho, sendo inclusive padrinho do levantador do Sesi-SP e da seleção Bruninho, filho do ex-técnico do Brasil. As semelhanças continuam no fato de ambos os técnicos darem palestras focadas em liderança, espírito de equipe, superação e gestão. Planejamento e exigência fazem parte da filosofia de ambos. Resta torcer para ele continuar dando alegria aos fãs do vôlei brasileiro.