Visita da presidente aos EUA foi marcado pela cordialidade e retomada das relações entre os dois países
DA REDAÇÃO – A presidente Dilma Rousseff passou cinco dias nos Estados Unidos e o balanço da viagem foi considerado positivo para a retomada da relação entre os dois países. Em 2013, em função de denúncias de espionagem, a presidente cancelou sua viagem à América. As informações são do portal BBC.
“Nosso foco está no futuro”, disse o presidente Barack Obama, em entrevista ao lado de Dilma, após reunião na Casa Branca. “Acredito que esta visita marca mais um passo em um novo e mais ambicioso capítulo na relação entre nossos países.”
A viagem ocorre em um momento delicado no Brasil, em meio a uma crise econômica e política, e, se a retomada das relações foi o tema principal, outras questões também ganharam destaque. Confira os principais resultados da visita em diferentes áreas.
Meio ambiente
Brasil e Estados Unidos se comprometeram a ampliar a participação de fontes renováveis em suas matrizes elétricas. O objetivo é este índice, sem contar a geração hidráulica, chegue a mais de 20% até 2030.
Segundo os dados mais recentes disponíveis, de 2012, atualmente essa participação é de 12,9% nos Estados Unidos e de 7,8% no Brasil, sem incluir hidrelétricas.
Na declaração conjunta, o Brasil também se comprometeu a atingir, até 2030, participação de 28% a 33% de fontes renováveis em sua matriz energética, incluindo biocombustíveis e sem contar a geração hidráulica, além da eliminação do desmatamento illegal, com a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares.
Comércio
Ambos os governos anunciaram a intenção de assinar um memorando para harmonizar normas técnicas, o que deve facilitar a entrada de produtos brasileiros no mercado americano.
No setor pecuário, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos publicou a chamado “decisão final”, um comunicado que reconhece o estatus sanitário do rebanho bovino brasileiro.
Isso potencialmente abre as portas do mercado do país à carne in natura do Brasil, encerrando uma negociação de mais de 15 anos.
Defesa
Dois acordos foram destaque nesta área, um de Cooperação em Defesa e outro de Segurança de Informações Militares, com foco no fluxo de informações, bens, serviços e tecnologias entre ambos os países.
Previdência Social
A assinatura de um acordo de previdência social vai permitir que cidadãos brasileiros que trabalham nos Estados Unidos (e vice-versa) tenham suas contribuições à previdência reconhecidas em ambos os países, evitando dupla contribuição.
A expectativa é de que empresas dos dois países economizem mais $900 milhões nos primeiros seis anos em que o acordo estiver em vigor.
Educação
Brasil e Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para cooperar em educação técnica e profissionalizante, com aumento da colaboração entre instituições educacionais dos dois países.