Negócios

Confiança da Indústria brasileira avança em dezembro

Empresários de todos setores estão otimistas com o crescimento da economia e apostam em um 2020 melhor do que 2019

Economista da FGV/IBRE, Renata de Mello Franco aposta em otimismo moderado para 2020
Economista da FGV/IBRE, Renata de Mello Franco aposta em otimismo moderado para 2020

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas avançou 3,2 pontos em dezembro, na comparação com o mês anterior, para 99,5 pontos, o mesmo nível de julho de 2018. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,9 pontos no quarto trimestre.

“A indústria fecha o ano com boas notícias. A alta da confiança em dezembro é reflexo principalmente da melhora na percepção dos empresários a sobre os negócios e do aumento do otimismo em relação aos próximos meses. Para 2020, a continuidade da evolução favorável da confiança dependerá tanto de uma efetiva recuperação da demanda interna quanto da redução dos níveis de incerteza”, comenta Renata de Mello Franco, economista da FGV/IBRE.

A confiança subiu em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados em dezembro. O resultado favorável decorre da melhora da percepção tanto sobre a situação atual quanto sobre as expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,0 pontos, para 99,8 pontos, o maior valor desde maio de 2018 (100,2 pontos). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) variou 2,4 pontos, alcançando 99,2 pontos, segunda alta consecutiva.

Neste mês, todos os indicadores que compõem o índice avançaram. Em relação ao ISA, o indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios foi o que exerceu maior influência pelo segundo mês consecutivo, aumentando 5,7 pontos para 100,9 pontos, o maior valor desde outubro de 2013 (102,2 pontos). O percentual de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa passou de 14,8% para 17,6% do total, enquanto a parcela das que a avaliam como fraca caiu de 20,5% para 14,6%.

Sobre o IE, o indicador que mede as expectativas do setor em relação ao volume de pessoal ocupado nos próximos três meses foi o que mais contribuiu para a alta do índice, ao passar de 93,8 pontos para 97,2 pontos. Houve elevação do percentual das empresas prevendo aumento do pessoal ocupado, de 14,0% para 15,4%, e redução da parcela dos que programam diminuição, de 13.8% para 13,5%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,2 ponto percentual (p.p.), para 75,1%. Apesar desta ser a segunda queda consecutiva, o NUCI encerra 2019 0,8 p.p. acima do nível de janeiro desse ano (74,3%).

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