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Conexão UF | Introdução às colunistas

Caroline Werner, Caroline Comeau e Caroline Zapert
Caroline Werner, Caroline Comeau e Caroline Zapert

Caroline Werner (Carolzinha)

Meu nome é Caroline Werner. Tenho 20 anos e estou no meu terceiro ano de publicidade na Universidade da Flórida. Gosto de ler ficção científica, de desenhar e de criar playlists com músicas aleatórias. 

Estou muito grata por poder escrever para o jornal AcheiUSA, pois é a minha oportunidade de reencontrar esse vínculo com o Brasil e com as pessoas que fazem parte dele, mesmo que     eu esteja do outro lado do oceano. 

Nasci em uma família de cariocas que vivia nadando nas praias do Rio de Janeiro; eu, porém, vivi meus primeiros sete anos de vida no frio congelante de Boston, Massachusetts. Enquanto aprendia inglês na escola, imitava o português dos meus pais em casa. Consegui aprender a ler com as revistinhas da Turma da Mônica e assistindo as novelas da TV Globo com minha avó. 

Devido ao trabalho do meu pai, mudamos para uma cidade pequena na Espanha chamada Boadilla Del Monte. Lá, comecei meu primeiro escolar não sabendo absolutamente nada de espanhol. Felizmente, uma colega tinha uma mãe inglesa, e com as traduções dela consegui me comunicar com o resto da turma. Depois de um tempo lá, ficamos um ano em São Paulo, e recebi um aprendizado da língua mais rígido em uma escola católica. Hoje em dia, minha família mora em Miami e sempre visitamos as praias do estado, comparando-as a Búzios e ao Rio de Janeiro. 

Acho difícil não ter um certo orgulho em ser brasileiro, em se encontrar no outro lado do mundo e ainda procurar ceder aos costumes nativos. Posso estar em qualquer lugar, e sempre acho um grupo de brasileiros para fazer um churrasco e matar a saudade. Esta conexão é uma das melhores características do nosso povo. 

Seguindo este costume, aprendi a abraçar outras culturas conforme as minhas experiências, apreciando e conhecendo cada uma. Gostaria de compartilhar essa perspectiva e realçar que apesar de usarmos nossa nacionalidade como identidade, no fundo somos muito similares. Hoje em dia, em tempos de conflito político e crises internacionais, devemos aprender um pouco sobre as experiências que outras pessoas vivem, e como podemos desenvolver um mundo justo. 

É com muito prazer que expresso essas ideias, e espero abrir a porta para debates.

Caroline Comeau (Caroline)

Meu nome é Caroline Comeau e estou no meu último ano na Universidade da Florida (UF) e tenho 22 anos.  Na universidade, estudo Economia com uma especialização (minor) em português. Cresci pelo mundo afora e aprendi lições valiosas de diferentes culturas que espero mostrar nas minhas matérias. Nasci na Turquia, logo me mudei para Londres, morei em Curitiba, Brasil, por 2 anos e depois em Miami, Flórida, e me formei no ensino médio em Cingapura. 

Tenho muita sorte de poder escrever neste jornal e compartilhar minha conexão com o Brasil, e sobre a vida nos Estados Unidos e na UF.  Quando eu morei em Curitiba tinha 6 anos, mas eu e minha família visitamos o Rio de Janeiro a cada dois anos porque nos apaixonamos pela cultura brasileira.  Uma das melhores lembranças que tenho é quando estive no Rio durante a Copa do Mundo.  Sempre gostei de futebol, mas naquele verão aprendi o que significava amar e valorizar um outro esporte.  Este esporte é o automobilismo, especificamente a Fórmula 1.  Nos últimos três anos, ajudei a sediar um show de carros em Gainesville, Flórida, no coração da cidade.  Sempre fui apaixonada por carros e adoro seguir a Fórmula 1. Quero escrever sobre as diferenças e semelhanças da cultura do esporte automobilístico nos Estados Unidos e no Brasil.

Outra paixão que tenho é a arte e como ela pode afetar uma comunidade.  Quando eu visito o Rio de Janeiro, eu sempre reconheço novos grafiteiros e vejo esta arte de rua como uma forma de expressão única do ponto de vista local.  Em Gainesville, existe uma iniciativa para elevar áreas que podem ser vistas como mais perigosas chamada Urban Revitalization Project.  Acredito que há muita informação que precisamos debater entre arte pública e como isto pode ajudar as comunidades ao seu entorno, e até mesmo o país.

Embora eu queira morar no Brasil novamente, por ora, posso manter contato com a cultura brasileira e praticar meu português na Universidade da Flórida.  Com as aulas ministradas pelo Professora Ginway, Professor Hansen, e Professora Ferreira, pude ampliar meus conhecimentos sobre cultura e literatura brasileira enquanto aprendia mais sobre o idioma.

Estou animada para escrever para o AcheiUSA e espero que vocês gostem dos artigos!

Caroline Zapert (Carol)

Oi, leitores! Meu nome é Caroline Zapert, e a verdade é que eu me sinto mais à vontade com o apelido Carol. Faço faculdade de psicologia, de linguística, e de português na Universidade da Flórida, e de alguma forma eu já consegui chegar ao último ano dos cursos. Meu amor pelo idioma faz parte da minha vida desde cedo, e toda a minha trajetória nesses 21 anos no planeta tem a ver com esta paixão. 

No ensino médio, eu era a editora do jornal da minha escola, uma posição que me deu a oportunidade de conhecer diversas pessoas e acabou me inspirando a explorar novos horizontes. De repente ‘explorar novos horizontes’ ganhou o significado de ‘largar tudo e se mudar para o Brasil’, e assim começou meu relacionamento com a terra mais acolhedora e calorosa que vou levar comigo por toda a vida. 

Com 17 anos eu me inscrevi para o programa de intercâmbio do Rotary. Eu não tinha a intenção de terminar o ensino médio em uma escola que não fosse a Leon High School em Tallahassee, Flórida, onde eu nasci. Mas foi em Ribeirão Preto, SP que eu me descobri. 

Pode parecer um sorteio fazer intercâmbio pelo Rotary. Quer dizer, primeiro o candidato entrega os documentos para a inscrição, e depois fica por conta dos rotarianos. Se for aceito no programa, o candidato faz uma série de entrevistas e menciona as suas preferências em termos de país. Porém, no final das contas, é o Rotary que escolhe para onde o aluno vai por um ano. Eu tive a sorte de conseguir uma vaga no Brasil. 

Em agosto de 2016, eu arrumei duas malas – com exatamente 23 kilos em cada – e sozinha embarquei em um avião da Azul para fazer minha primeira viagem internacional. Sem falar nenhuma palavra de português além de ‘oi’ e ‘obrigada’, eu me peguei perdida no aeroporto de Guarulhos. Este caos serviu como um tapa na cara que me mostrou que eu deveria ter estudado o idioma antes de chegar. 

Morei com três famílias anfitriãs que fazem parte da minha vida como se fossem de sangue, e morro de saudade todo santo dia. Junto com os meus irmãos mais novos eu aprendi a falar de forma mais sofisticada, aumentando o vocabulário e acrescentando o conhecimento da gramática com todo erro, com toda risada.

O Brasil me ensinou a paciência, a compaixão, e a importância dos relacionamentos. Paciência que eu aprendi nessa parte da minha jornada, mas com certeza foram todos os meus professores, sejam eles amigos, familiares, ou mentores, que tiveram a maior paciência comigo. As minhas mães brasileiras me ensinaram a compaixão nas horas que eu estava por baixo e elas sempre deram um jeito de me colocar para cima, mesmo sem eu entender tudo que elas falavam. Os relacionamentos foram a base de tudo, tão ricos que o maior motivo para chegar a ser fluente em português foi para que eu pudesse expressar o meu amor de volta. 

Texto produzido por Caroline Comeau, Caroline Werner e Caroline Zapert (University of Florida) –, com supervisão da Professora Andréa Ferreira e da redação.

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