O governador do estado de Missouri suspendeu no último momento uma execução de um homem que estava programada para terça-feira (22). Os advogados do réu alegaram que uma nova prova de DNA o inocentaria de um assassinato cometido em 1998. As informações são da France Presse.
O governador Eric Greitens suspendeu a execução de Marcellus Williams, de 48 anos, que foi condenado por esfaquear mais de 40 vezes uma mulher enquanto roubava a residência da vítima, no estado de Missouri. Sua execução estava prevista para as 7 da noite, por injeção letal.
Sua defesa alega que em uma nova perícia feita na arma utilizada para cometer o assassinato foi encontrado o DNA de outra pessoa que não o de Williams. As provas de DNA não estavam disponíveis na época do julgamento.
“A evidência de DNA neste caso apresenta uma informação realmente convincente de que Marcellus Williams é inocente do crime”, escreveu o seu advogado Kent Gibson à Corte na segunda-feira (22). “Para aplicar a pena de morte, o povo de Missouri deve ter certeza do critério de culpabilidade”, comunicou o governador.
Os procuradores do estado afirmam que há provas suficientes para assegurar a culpabilidade de Williams, incluindo os objetos pessoais da vítima encontrados no veículo do condenado, além da existência de duas testemunhas que declararam que Williams confessou o assassinato.
Um grupo de opositores pretendia protestar contra a pena de morte nesta terça-feira em vários locais do estado americano. Argumentam que a raça foi um fator determinante na condenação de Williams, que é negro. Uma petição online na qual pede-se que o governador impeça a execução, e que já contava com mais de 187 mil assinaturas, foi entregue ao escritório do governo do estado nesta terça-feira.