A Food and Drug Administration (FDA) aprovou nesta quarta-feira (22) a pílula da Pfizer para tratamento emergencial da covid-19. O medicamento chamado Paxlovid deve ser administrado dentro de três ou cinco dias após o início dos sintomas, sendo duas pílulas por dia, conforme informou o FDA em nota. O remédio é o primeiro de uso oral a receber aprovação regulatória do governo federal americano. No primeiro momento, será disponibilizada uma quantidade limitada para envio aos estados. Apenas Califórnia, Flórida, New York e Texas irão receber um lote maior devido ao alto índice de casos da variante ômicron detectados nas últimas semanas.
Testes realizados pela Pfizer em 2.200 pessoas adultas com alto risco de desenvolver a covid-19 grave comprovaram que o tratamento reduziu o risco de hospitalização ou morte em 89% dos casos, em comparação com um placebo, quando tomado dentro de três dias após os primeiros sinais de infecção. Ao ser consumido cinco dias após o início dos sintomas a eficácia foi de 88%. A FDA destaca que o Paxlovid não está autorizado para uso preventivo nem em pacientes que precisam ser internados.
Em entrevista à CNN, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, alertou que o tratamento não é um substituto para a vacina. “Temo que algumas pessoas pensem assim. É um grande erro. As vacinas são necessárias e é a principal barreira que você deve usar para deter a doença”, disse ele. O objetivo, segundo Bourla, é fazer com as que pessoas tomem os comprimidos em casa, de forma segura, antes de ficarem muito doentes e não precisarem buscar um hospital. O Paxlovid é composto de uma mistura entre um novo antiviral denominado nirmatrelvir e um mais antigo denominado ritonavir.