Negócios

Companhias aéreas brasileiras começam a cobrar por malas despachadas

Latam já inicia mudanças a partir de quinta-feira (18); Gol e Azul vão cobrar por malas a partir de junho

As empresas aéreas brasileiras vão começar a cobrar para despachar bagagens e a oferecer tarifas com desconto para quem não utilizar o serviço. Depois de muita polêmica, a cobrança foi liberada pela Justiça no dia 28 de abril, depois que uma liminar que proibia a entrada em vigor da nova regra da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foi derrubada.

A Latam anunciou suas novas regras de bagagem e novos perfis tarifários, válidos tanto para voos nacionais quanto internacionais. Já nesta quinta-feira (18) entram em vigor as novas regras.

Inicialmente, a partir da data anunciada, serão cobrados somente os excessos de bagagem, com alterações somente nas quantidades de peças e pesos permitidos para as bagagens despachadas. Os passageiros da aérea de voos domésticos terão direito a uma unidade de bagagem de até 23 kg, regra que também vale para voos entre a América do Sul e Caribe. As demais rotas internacionais da dão direito a duas unidades de malas com até 23 kg. A Latam prevê iniciar a cobrança, de R$ 30 em compras antecipadas, nos próximos 50 dias.

A partir de 20 de junho, a Gol vai oferecer uma tarifa mais barata para quem não precisar despachar bagagens, chamada de Light. Já bilhetes com preço normal vão incluir a franquia de 23 kg.

Se o cliente que comprou o bilhete da tarifa Light decidir posteriormente despachar a bagagem, poderá pagar à parte. Nos voos nacionais, será cobrado R$ 30 para despachar uma mala de até 23 kg, quando adquirida nos canais de autoatendimento e nas agências de viagens. Quem deixar para pagar no balcão do check-in vai pagar o dobro. Nos internacionais, o valor será equivalente a $10 nos canais digitais e a $20 no balcão.

Já a Azul vai disponibilizar a partir de 1º de junho tarifas com até 30% de desconto para clientes que partem de Viracopos, em Campinas, para 14 destinos pelo país e que não despacham bagagens. A nova tarifa, batizada de “Azul”, passará a ser oferecida em outros voos gradativamente.

Ao optar por essa tarifa, o cliente poderá escolher pela compra ou não do serviço de mala despachada. Se mudar de ideia, poderá incluir os 23 Kg por R$ 30. Os clientes que comprarem a passagem pelo preço normal continuam com a franquia de 23 Kg.

A Avianca não definiu ainda como fará a cobrança. A companhia diz que prefere estudar a questão mais profundamente durante os próximos meses.

As companhias e a Anac defendem que o fim da franquia resultará em tarifas mais baratas. Órgão de defesa do consumidor criticam a nova regra, destacando que não há garantia de queda de preços. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tenta derrubar a decisão que liberou a cobrança. Para a entidade, a cobrança prejudica o consumidor, que deixará de ter parâmetros normativos de proteção quanto ao preço a ser cobrado para despachar a bagagem. (Com informações da Infomoney e jornal Metro).

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