A partir de quarta-feira (19), todas as empresas aéreas que voarem para os Estados Unidos vão ser obrigadas a inspecionar os equipamentos eletrônicos dos passageiros. O procedimento iniciou no Brasil. Os passageiros foram pegos de surpresa, mas não houve atrasos.
O foco da inspeção são celulares, computadores e tablets. O novo procedimento é uma exigência do governo americano e será seguido por cerca de 105 países.
As companhias aéreas devem enviar uma lista com os nomes de todos os passageiros para um órgão de segurança dos Estados Unidos, que faz uma seleção prévia de 20 a 25 passageiros. No momento do embarque o passageiro é informado sobre a inspeção e segue para uma sala.
Será necessário entregar os aparelhos eletrônicos para um agente de segurança, que conta com uma haste para recolher partículas invisíveis a olho nu. Essa haste é inserida em um equipamento de verificação, com o objetivo de identificar vestígios de explosivos. Caso esteja tudo certo, a pessoa é liberada para seguir viagem.
Segundo os agentes, não adianta despachar os equipamentos eletrônicos nas malas, pois todas as bagagens serão revistadas. Por essa razão, facilite a inspeção e leve celulares, computadores e tablets na bagagem de mão. Vale ressaltar que quem se recusar a passar pela vistoria não embarca.
Mais segurança
De acordo com o secretário do Departamento de Homeland Security (DHS), John F. Kelly, o objetivo das medidas é melhorar a segurança sem a necessidade de expandir a proibição atual de laptop em cabines, que atualmente se aplica a dez aeroportos estrangeiros em oito países, incluindo Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Turquia.
Essa nova política afeta 280 aeroportos em 105 países, a partir dos quais partem diariamente cerca de 2.100 voos aos EUA. No Brasil, os aeroportos afetados serão os de São Paulo (Guarulhos), Rio de Janeiro (Galeão), Brasília, Campinas, Belo Horizonte, Manaus, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
Cerca de 325 mil passageiros devem passar pelas novas medidas todos os dias.
Dispositivos eletrônicos pessoais como tablets e computadores portáteis serão submetidos a uma revisão mais rigorosa para detectar possíveis rastros de explosivos.
Também haverá um reforço na tecnologia para detectar ameaças, assim como um uso maior de cães farejadores. Os aviões que viajam aos EUA também serão submetidos a uma maior vigilância nos aeroportos de origem. (Com informações do G1).