Tem início, nesta segunda-feira (15), a corrida para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, agendadas para novembro de 2024. A disputa, que tem início por meio de um caucus em Iowa, promete ser acirrada entre o atual presidente Joe Biden, candidato à reeleição pelo Partido Democrata e, possivelmente, Donald Trump, favorito entre os pré-candidatos do Partido Republicano.
Os caucus, um dos modelos de votação mais antigos ainda em vigor nos EUA, datado do século 18, consistem em pequenas assembleias realizadas em 1.700 escolas e locais públicos em todo o estado de Iowa. Os eleitores, afiliados ao Partido Republicano, debatem e votam no candidato que acreditam ser o mais adequado para concorrer à Presidência. Com previsão de nevasca e temperaturas que podem chegar a -40ºF, a participação dos eleitores republicanos pode ser afetada, beneficiando ou prejudicando determinados candidatos. Enquanto isso, os democratas realizam apenas um debate, com uma votação agendada para março.
Embora Iowa tenha sido a vitrine de presidentes pouco conhecidos anteriormente, como Jimmy Carter e Barack Obama, para os republicanos, historicamente, o evento não tem sido um indicador confiável do apoio nacional. O perfil majoritariamente branco e conservador da população do estado pode influenciar o resultado, mas Iowa representa apenas cerca de 1,6% do total de delegados totais, tornando a votação mais simbólica do que determinante.
Neste contexto, Donald Trump, mesmo enfrentando quatro casos criminais, permanece como o favorito entre os republicanos, com 61% de apoio. Outros pré-candidatos, Ron DeSantis, atual governador da Flórida, Nikki Haley, ex-governadora de South Carolina, e Vivek Ramaswamy, ex-investidor e executivo de biotecnologia, também buscam consolidar seu espaço na disputa.
Os resultados dos caucus em Iowa, além de sua importância simbólica, marcam o início oficial do complexo calendário eleitoral que culminará na escolha do próximo presidente da maior potência mundial. O mundo acompanhará atentamente os desdobramentos desta eleição única, onde os EUA se destacam como o único país a adotar o caucus como método de seleção de candidatos.