COLABORAÇÃO de Albano Ribas – O brasileiro Alisson Amaral tem apenas 18 anos e muita história para contar. Ele foi aprovado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde estudou por um mês, desenvolveu uma startup e voltou com vários projetos a serem aplicados em Fortaleza (CE), sua terra natal. Quando ainda estudava o 1º ano do Ensino Médio, o jovem recebeu a notícia de que uma colega da escola teria sido aprovada no MIT e, no mesmo momento, pensou: “Se ela consegue, eu também consigo”. Confira a entrevista:
Como surgiu a oportunidade de entrar no MIT?
Em 2013, uma menina no meu colégio conseguiu ser aceita no MIT, a partir desse dia, eu comecei a me questionar, se ela conseguiu então eu também consigo. Desde então, eu comecei a pesquisar sobre o processo e ver o que era necessário para conseguir uma admissão. Logo, veio o primeiro problema. Na época, eu não sabia inglês, e o fato de que eu teria somente dois anos para aprender inglês sozinho, pois não tinha como fazer um curso, era aterrorizante, mas eu resolvi tentar”, afirma.
Ao chegar no terceiro ano, do ensino médio, em 2015, eu fiz as provas e enviei o meu application para cerca de 13 universidades americanas. Infelizmente, 2015 não foi o meu ano, e eu não consegui ser aceito nas universidades em que eu tanto sonhava. Entretanto, por mais que 2015 não tivesse sido meu ano, eu sentia que 2016 ia ser o ano, afinal, eu tinha desenvolvido novos projetos e atividades. Em fevereiro, eu apliquei para um programa de empreendedorismo no MIT, onde eu passaria um mês estudando o assunto. Um mês e meio depois, recebi um e-mail do programa me chamando para uma entrevista, e para a minha surpresa foi com a fundadora do programa. Dois dias depois eu recebi um e-mail do programa com o assunto “MIT LaunchCongratulations”, me lembro que eu não conseguia nem ler o e-mail direito de tão feliz que estava.
Como conseguiu aprender inglês em tão pouco tempo?
Como no meu ensino médio eu participava de turmas de olimpíadas científicas e de Turma ITA, eu não tinha tempo para fazer um curso de inglês, o que me deixou com a opção de estudar por conta própria. Na época, eu chegava em casa as 21hrs, ia para cama as 22hrs e acordava as 2hrs da madrugada, começava a estudar inglês e só parava na hora de ir para o colégio. Passei cerca de 6 meses com essa rotina. Toda noite eu pegava uma notícia da BBC e começava a traduzir, com auxílio de Google tradutor e dicionários. Lembro-me que ao final de cada texto eu havia marcado em média 90 – 120 palavras, e logo após a leitura, eu começava a traduzir cada uma três vezes, para começar a aumentar o vocabulário”.
Após certo tempo, tomei confiança com vocabulário e comecei a estudar gramática, para que assim que conseguisse habilidades da escrita. Em paralelo a isso, comecei a assistir seriados em inglês, com legenda em inglês, para que eu começasse a colocar meu vocabulário em prática, enquanto aprendia”,afirma.
Sempre que havia feira de universidade americana na minha cidade, eu ia para poder tentar desenrolar uma conversa, eu ficava com muita vergonha, mas também sabia que não podia perder oportunidades.
Ao chegar na metade do terceiro ano do ensino médio, eu já estava confiante, e pronto para encarar o TOEFL, SAT e os diversos textos necessários no processo de admissão em uma universidade americana.