Histórico

Com ajuda do Consulado, brasileiros começam a deixar áreas afetadas no Japão

Contribuição de empresário viabilizou envio de dois ônibus para Fukushima, que vive grave crise nuclear

A explosão de hidrogênio na usina nuclear do complexo de Fukushima e o consequentemente vazamento radioativo fez com que o consulado brasileiro em Tóquio, no Japão, montasse um esquema de guerra para retirar os conterrâneos que vivem na área mais atingida pelo terremoto e que vive uma crise nuclear. Pelo menos dois ônibus foram enviados para a região, que fica a pouco mais de 100 quilômetros da capital, num esquema viabilizado graças a um empresário nipo-brasileiro.
O nome do benfeitor não foi divulgado pelo Itamaraty, mas a ajuda vai retirar de Fukushima, no nordeste do país, pelo menos 100 brasileiros para locais mais seguros, provavelmente na capital japonesa. De acordo com as estimativas, há cerca de 400 brasileiros naquela Província, de acordo com o último Censo.
Outro desafio para as o governo e as organizações brasileiras no Japão é o contato com as famílias dos conterrâneos que vivem no país oriental. A Cruz Vermelha disponibilizou um site em português, destinado a localizar e reunir familiares. Em Sendai, bem próximo ao epicentro do terremoto da semana passada – e local atingido pelo tsunami – vivam entre 15 e 20 brasileiros, mas de acordo com os registros ninguém ficou ferido com a tragédia. Mesmo assim, um funcionário do Consulado está na cidade para avaliar a situação dos brasileiros de lá.
Desde as primeiras explosões registradas nos edifícios da usina Fukushima Daiichi, o governo japonês tem insistido para que os moradores num raio de 30 quilômetros da instalação nuclear ficassem em suas casas para evitar o risco de contaminação. Um órgão internacional disse que o nível de radiação no local está em torno de 600 microsieverts por hora – e a exposição a mais de 100 mil microsieverts ao ano pode causar câncer.

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