Estados Unidos Imigração

Com a justificativa de que eram caros e não traziam resultados, ICE encerra dois programas voltados aos imigrantes

Ambos visavam ampliar o cumprimento das condições de liberação de mais de 7 milhões de migrantes na lista de não-detidos do órgão

A agência defendeu a continuidade do programa que exige o monitoramento via GPS dos imigrantes não-detidos
A agência defendeu a continuidade do programa que exige o monitoramento via GPS dos imigrantes não-detidos (Reprodução)

O Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) cancelou dois programas criados para ampliar o cumprimento das condições de liberação de mais de 7 milhões de migrantes na lista de não-detidos do órgão.  A agência informou ao Congresso que os benefícios não justificavam o alto custo dos projetos Wraparound Stabilization Service (WSS) e Young Adult Case Management Program (YACMP), e que por isso deixará de inscrever novos imigrantes no sistema.

No documento o ICE também esclareceu dúvidas dos legisladores acerca do programa conhecido como “Alternativas à Detenção”, que exige dos imigrantes liberados que eles se submetam ao monitoramento por GPS ou informem às autoridades sua localização por meio de um aplicativo no smartphone.

O órgão defendeu que ele é eficiente e garante o cumprimento das obrigações, destacando que 98,6% dos inscritos em programas de monitoramento apareceram às suas audiências. O ICE informou que no ano fiscal de 2024 este programa registrou 181 mil inscritos, sendo que 3.913 imigrantes foram acusados de crimes, resultando em 688 condenações, incluindo 10 por crimes sexuais e 2 por homicídios.

Lançado em fevereiro de 2020, o WSS oferecia apoio psicossocial e serviços adicionais de estabilização para imigrantes vulneráveis e suas famílias. De acordo com o ICE os gastos com esse serviço foram altos e representou um aumento de apenas 2% no cumprimento das condições de liberação em comparação com os não inscritos no projeto.

Já o YACMP foi criado em 2023 e oferecia serviços jurídicos, triagens, encaminhamentos para programas de assistência social e avaliações de tráfico humano em 16 cidades para imigrantes de 18 a 29 anos. A agência descontinuou o programa alegando limitações orçamentárias e que ele não se alinha com as prioridades da unidade de Operações de Execução e Remoção (ERO).

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