Clientes da Na Mala Tur (Na Mala Viagens) estão buscando as autoridades para tentar localizar a proprietária da empresa de turismo com sede em Orlando (FL), que vendia passagens a preços promocionais. Ela é acusada de ter recebido dinheiro de clientes para a compra das passagens e desaparecido sem emitir os bilhetes. A empresa era a queridinha de muitos artistas, pastores famosos e influencers, que recomendavam seus serviços.
O AcheiUSA recebeu diversas denúncias de clientes lesados pela empresa na Flórida e no Brasil. Os prejuízos de alguns passam de R$ 100 mil. Segundo uma fonte que preferiu não se identificar, a proprietária vendia pacotes de passagens com até 60 bilhetes de uma vez para serem usados em até dois anos. “Os valores eram muito atrativos e era possível emitir o bilhete alguns dias antes da viagem. Então eu e minha família compramos as passagens e dividimos para irmos usando aos poucos. Viajei algumas vezes por meio dessa agência e foi tudo maravilhoso, com ótimo atendimento ao cliente, acredito que seja por isso que os famosos recomendavam seus serviços”, disse.
Ela afirma que há três semanas, a proprietária da empresa ligou para o celular dela e insistiu para que ela comprasse mais passagens, pois ela pararia de vender os bilhetes em grandes quantidades. “A dona dessa empresa deu golpe em centenas de clientes e sumiu. No meu caso, foram mais de R$ 34 mil em prejuízo e minha família foram mais de R$ 190 mil. Vários artistas foram enganados, assim como nós. Queremos justiça”, disse a leitora ao AcheiUSA.
Ela afirma que transferiu o dinheiro para a dona da empresa e, dias depois, viu no Instagram que a agência tinha interrompido as atividades.
Em Belo Horizonte, clientes da empresa registraram boletins de ocorrência na Polícia Civil, que está investigando o caso.
“É muito triste, eu quero justiça. Hoje temos um grupo de pessoas lesadas e somos mais de 250 pessoas do Brasil inteiro. Gente desapontada, chateada, pessoas que estão viajando sem saber como voltar para suas casas. É uma tristeza e impotência gigantescas. A empresa era famosa nas redes sociais, indicada por muitos influencers. Se a dona não pode dar as passagens, que devolva meu dinheiro”, contou uma mineira lesada pela empresa ao G1.
Um grupo criado no último dia 20 de maio no Facebook denominado “Justiça Na Mala Tur 2022” já tem 178 membros. O grupo é formado por pessoas que tiveram prejuízos ao contratar a empresa.
Nota da empresa
A empresa de venda de passagens, que desativou os comentários de suas postagens, postou no Instagram a seguinte nota. “Comunicamos que a partir de 23/05/2022 abrimos um novo e único canal de comunicação para que possamos de forma produtiva receber nossas demandas e tratá-las de forma mais organizada. Precisaremos do prazo até 30/06/2022 para começarmos a dar início à resolução das pendências causadas por nossa empresa”.
A empresa reforça, ainda, que é “idônea e que foi gravemente afetada pelo aumento expressivo das passagens aéreas e pela diminuição da quantidade de voos”. (Leia íntegra da nota abaixo)