Lesleigh Nurse, acusada de furto em uma loja da rede Walmart em Semmes, no Alabama, deverá ser indenizada em $ 2,1 milhões. A decisão do júri do condado de Mobile foi proferida nesta segunda-feira (29).
Segundo os autos , a mulher, que é enfermeira, escaneava os produtos através do dispositivo de autoatendimento quando o serviço travou. Ela teria solicitado ajuda aos funcionários que a acusaram de tentar sair da loja sem pagar e a detiveram. O fato ocorreu em 2016.
Na ocasião, Nurse chegou a ser presa sob acusação de furto e pagou fiança para deixar a cadeia. Um anos depois o caso foi encerrado, mas ela começou a receber cartas de um escritório de advocacia da Flórida que trabalha para a rede Walmart ameaçando entrar com ação civil caso ela não pagasse $200 de um suposto acordo. O valor representava mais do que as compras que ela havia feito na ocasião em que foi detida. A enfermeira acusou o Walmart de instruir o escritório de advocacia a enviar as cartas.
Segundo o jornal ABC News, a defesa da mulher alega que a loja adotou o padrão de acusar falsamente cidadãos inocentes de furto para, posteriormente, tentar cobrar dinheiro. Conforme o canal WKRG, o Walmart e outros varejistas teriam recebido milhões de dólares em um período de dois anos a partir de acordos semelhantes.
Advogados do Walmart alegam que a prática é legal no Alabama.