DA REDAÇÃO – O cineasta Fábio Barreto morreu aos 62 anos, na noite da quarta-feira, dia 20, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, depois de dez anos em coma. Diretor dos filmes “Lula, o Filho do Brasil” e “O Quatrilho” – indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996 –, sofreu um grave acidente de carro em 2009, que o deixou em estado vegetativo.
Filho do diretor e produtor Luiz Carlos Barreto, o Barretão (“Terra em Transe”), e irmão do também cineasta Bruno Barreto (“Dona Flor e seus Dois Maridos”), ele pertencia a uma das mais conhecidas famílias do cinema brasileiro. Também ator, produtor e roteirista, Fábio dirigiu ao todo 13 filmes e deixa quatro filhos. A atriz Patrícia Pillar, que atuou em “O Quatrilho”, disse, pelo twitter: “Muito triste… Fábio foi um grande companheiro e diretor talentoso e delicado”.
“Lula, o Filho do Brasil” foi sua obra mais polêmica. Lançado em 1º de janeiro de 2010, conta a trajetória do ex-presidente desde que saiu de Pernambuco com destino a São Paulo, até o momento em que se torna líder sindical no ABC paulista. O filme recebeu avaliações negativas em sua maior parte. Foi lançado no último ano do mandato de Lula, sendo considerado uma produção eleitoreira. Naquele ano, a petista Dilma Roussef ganhou a disputa. Na época, o presidente da Associação Brasileira de Cinema, Roberto Farias, afirmou que se tratava de uma coincidência e nada tinha a ver com a disputa eleitoral.