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México prende cinco pessoas por homicídio em incêndio que matou 39 imigrantes na fronteira com os EUA

Imagens das câmeras de vigilância instaladas dentro do local mostram os guardas se afastando quando o fogo começou, em vez de libertar os detidos; 27 continuam internados em estado crítico

Um tribunal do México ordenou a prisão de cinco pessoas, na quarta-feira (5), pelo suposto crime de homicídio por omissão no incêndio que matou 39 imigrantes que estavam detidos no Instituto Nacional de Migração (INM), em Ciudad Juárez, fronteira com os Estados Unidos. A tragédia aconteceu no último dia 27 de março.

Entre os acusados estão três oficiais mexicanos, um guarda contratado por uma empresa privada para fazer a segurança do local, e o imigrante venezuelano que teria começado o fogo. O venezuelano também está sendo enquadrado por homicídio qualificado. As vítimas fatais eram cidadãos da Guatemala, de Honduras, El Salvador, Venezuela, Colômbia e Equador. Ao menos 27 permanecem internados; todos em estado crítico, de acordo com a Federal Public Safety Secretary.

Imagens das câmeras de vigilância de dentro do local mostram os guardas se afastando quando o fogo começou, em vez de libertar os detidos. Não ficou claro se eles tinham as chaves das celas em que estavam as vítimas.

O gabinete do Procurador-Geral federal do estado de Chihuahua alegou que o delegado estadual do INM, Salvador González Guerrero, foi informado sobre o incêndio, mas ordenou que os imigrantes permanecessem presos. Segundo a acusação, Guerrero determinou por meio de um telefonema que em nenhuma circunstância os “alojados fossem liberados”.

“A prioridade de nosso governo é respeitar os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua situação migratória”, disse Rosa Icela Rodríguez Velázquez, secretária de segurança do governo mexicano. Nos dias que antecederam o incêndio, o INM havia resgatado 71 migrantes das ruas de Ciudad Juárez, que fica na divisa com El Paso, no Texas. A medida foi tomada depois que várias queixas foram apresentadas sobre os estrangeiros estarem assediando as pessoas pedindo esmolas.

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