Desde que os administradores do Everglades contrataram caçadores profissionais de cobras para removerem as píton-burmesas do parque em 2017, mais de cinco mil répteis foram capturados.
“Outra vitória para o Everglades”, disse “Alligator Ron” Bergeron, um dos mais experientes caçadores contratados. “Cada píton eliminado representa centenas de animais selvagens nativos da Flórida salvos”, comemorou.
As cobras gigantes são encontradas em toda a parte no sul da Flórida e são vistas como um problema devido ao seu apetite voraz por mamíferos o que, segundo especialistas, interrompe o equilíbrio natural da cadeia alimentar.
Há anos as autoridades da Flórida tentam diminuir a população desta serpente oriunda do sudeste asiático e que pode alcançar vários metros de comprimento e pesar quase 200 kg.
Acredita-se que os animais tenham chegado ao Everglades no início dos anos 80, e encontraram condições perfeitas: água em abundância para acasalar e muitas presas. Além disso não têm predadores e as fêmeas podem botar até 100 ovos por ano.
O estado paga aos caçadores um salário mensal simbólico, e um bônus para cada píton capturada . Quando a captura é de um fêmea aninhada, o valor recebido é maior.
Os cientistas não sabem exatamente quantas cobras estão por aí. As estimativas variam entre 100 mil a 300 mil.