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Cientistas ganham o prêmio nobel por máquinas microscópicas

Descobertas vão auxiliar o desenvolvimento de máquinas mil vezes menores que um fio de cabelo

Três cientistas ganharam na quarta-feira (5) o Prêmio Nobel de Química por avanços num campo que pode ter inúmeras possibilidades tecnológicas.

O francês Jean-Pierre Sauvage, o escocês Frase Stoddart e o holandês Bernard Feringa receberam a honraria pelo desenvolvimento de dispositivos do tamanho de moléculas, com cerca de um milésimo do diâmetro de um fio de cabelo.

Um dia, dizem os cientistas, tais dispositivos podem trazer benefícios para a baterias e chips de computadores, ou para o desenvolvimento de microcápsulas que podem ser injetadas no paciente diretamente nas infecções e tumores. Esses usos ainda estão longe, mas a descoberta do trio reduziu um pouco essa distância.

Frase Stoddart, naturalizado americano e professor da Northwestern University in Evanston, Illinois, disse que louva o “o fato de que a Academia tenha reconhecido os esforços da química e seu papel extremamente fundamental na ciência.”

Os três pesquisadores vão dividir o prêmio de 8 milhões de coroas ($930 mil), por terem “levado a qúmica para uma nova dimensão”, segundo uma nota da Royal Swedish Academy of Sciences.

A Academia disse que o trabalho dos laureados inspirou outros pesquisadores no mesmo campo do maquinário molecular, incluindo a ideia de um robô capaz de agarrar e conectar aminoácidos, a base dos blocos de proteínas.

O prêmio de Química foi o último deste ano. O de Medicina ficou com um biólogo japonês que descobriu um processo pelo qual uma célula se quebra e seu conteúdo é reciclado. O prêmio de Física foi dividido por três cientistas britânicos por descobertas teóricas que trazem novas explicações para estados bizarros da matéria.

O Prêmio Nobel da Paz será anunciado nesta sexta-feira (7), e os de Economia e Literatura na semana que vem.

A cerimônia de entrega dos prêmios será em Estocolmo e Oslo, no dia 10 de dezembro, o aniversário do fundador do prêmio, Alfred Nobel, falecido em 1896.

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